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Covid-19

Vacina obrigatória? Lacerda Sales diz que não é necessário

05 dez, 2021 - 21:15 • Teresa Paula Costa

Satisfeito com a adesão dos portugueses à vacinação, Secretário de Estado da Saúde diz que não é preciso tornar a vacina contra a covid obrigatória.

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O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde defendeu neste domingo que não há necessidade de tornar obrigatória a vacina contra a Covid-19.

Em Leiria, onde visitou o centro de vacinação Covid-19, António Lacerda Sales afirmou que "se continuarmos com o exemplo de cidadania que temos visto nos portugueses ao longo destes meses de vacinação, acho que não há nada para tornar obrigatório pois os portugueses aderem por si só a estas mensagens de sensibilização."

Lembrando que "temos um plano de vacinação com uma cobertura superior a 97, 98 por cento", Lacerda Sales salientou que se atingiu "a meta de um milhão e meio de pessoas vacinadas" com a dose de reforço contra o novo coronavírus "14 dias antes" da data com a qual o Governo se tinha comprometido.

Para o Secretário de Estado, "isso deve-se ao enorme esforço de planeamento e a um enorme esforço dos portugueses", anunciando que "esta almofada temporal" permite "vacinar, até ao Natal, mais gente dentro das faixas elegíveis", para que "haja um menor impacto possível sobre a época do Natal nas famílias" e também "um menor impacto possível sobre os serviços de saúde".

Questionado se espera este grau de adesão, caso a Direção-Geral da Saúde decida vacinar crianças com menos de 12 anos, Lacerda Sales respondeu que primeiro é necessário o parecer da Comissão Técnica de Vacinação.

De qualquer modo, afirmou esperar "que haja uma adesão grande por parte dos pais das crianças, porque estamos a falar de crianças ainda sem autonomia para poderem decidir", frisando que a vacinação "é feita com segurança e tem eficácia, isso é que é importante".

Tendência crescente de pandemia preocupa autoridades

O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde disse também estar muito preocupado com a "tendência crescente" da pandemia da Covid-19 em Portugal, que hoje registou mais 23 mortos e 3.786 infeções.

António Lacerda Sales lembrou que "estamos com 374 de índice de incidência por 100.000 habitantes a 14 dias" e "um índice de transmissibilidade de 1,13, portanto, ainda superior a 1" o que "nos preocupa por ter uma tendência crescente".

Por isso, o governante reforçou a necessidade de se acelerar a vacinação e aumentar a testagem, defendendo também "o controlo de fronteiras, com a obrigação do teste à chegada".

Revelando que foi pedido "a todos os hospitais e a todos os serviços de saúde planos de contingência" e que "as escalas de banco estivessem asseguradas", Lacerda Sales declarou que "pontualmente, há um outro hospital que ainda precisa de poder tapar uma outra escala, mas isso é perfeitamente normal no Serviço Nacional de Saúde", garantindo ainda que a grande maioria dos hospitais já deu as escalas fechadas até ao final do ano.

Relativamente aos recursos humanos nos hospitais para o Natal e Ano Novo, o governante disse que atualmente há "mais cerca de 30 mil profissionais de saúde" do que em 2015, no que classificou de "esforço enorme" de recrutamento, admitindo, porém que "haverá sempre em alguns locais a falta de profissionais de saúde".

"Nesses casos, cá estamos para contratar, para continuar a contratar, para suprir essas faltas", salientou António Lacerda Sales

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