08 nov, 2023 - 14:23 • Redação
Esta terça-feira assinalou-se um mês do início da guerra entre Israel e o Hamas. Desde 7 de outubro já morreram mais de 11.400 pessoas, incluindo mais de quatro mil crianças, 89 funcionários das Organizações das Nações Unidas (ONU) e mais de 40 jornalistas. De acordo com as informações disponíveis, há mais de 10 mil das vítimas mortais em Gaza e 1.400 em Israel.
Os sinais de resolução não estão à vista e a comunidade internacional tenta evitar um escalar da guerra para o Líbano e o Irão.
A Renascença reuniu as principais datas e eventos do último mês.
Israel foi alvo de mais de cinco mil foguetes lançados pelo Hamas a partir da Faixa de Gaza. O grupo palestiniano chamou a este ataque “Operação Tempestade Al-Aqsa”.
Militantes do Hamas ultrapassaram a fronteira armados e mataram centenas de pessoas em Israel, a maioria civis. Fizeram também 240 reféns, trazendo-os para o interior da Faixa de Gaza. Entre as vítimas e reféns há cidadãos luso-israelitas.
Além disso, atacaram pessoas que estavam no festival de música Tribe of Nova, evento que ficou conhecido como o pior massacre civil no país.
O ataque deste dia apanhou Israel desprevenido. O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, reuniu o gabinete de segurança, declarou alerta de guerra e prometeu reduzir a escombros todos os esconderijos do Hamas.
O dia terminou com 300 mortos em Israel e 232 em Gaza, segundo dados de fontes médicas.
Benjamin Netanyahu declarou guerra e prometeu que o Hamas “pagaria um preço que não conhecia até agora”. “Estamos em guerra”, disse o primeiro-ministro israelita.
O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, ordenou um “cerco total” à Faixa de Gaza, sem acesso a eletricidade, comida e combustível. Mais tarde, o ministro da Energia afirmou que não haveria entrada de ajuda humanitária no cerco à Faixa de Gaza até que todos os reféns fossem libertados.
Em Portugal, o avião C130 da Força Aérea preparava-se para repatriar os mais de 100 cidadãos nacionais em Israel que contactaram o gabinete de emergência consular e queriam abandonar o país.
O secretário de estado norte-americano anuncia que vai visitar Israel, Egito, Catar, a Jordânia, Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.
O propósito do diplomata era pressionar o Hamas a libertar os reféns, discutir com estes países a proteção de civis e a necessidade urgente de abrir corredores humanitários para Gaza, de forma a prestar ajuda médica e de socorro.
Desde o dia 7 até este dia, a guerra provocou pelo menos 2.400 mortes.
Israel avisa que os civis do norte de Gaza têm 24 horas para se deslocarem para o sul, prometendo atacar esta zona.
Milhares de palestinianos fogem, tornando-se deslocados internos. Israel ordena também que todos os civis deixem a cidade de Gaza.
O Hamas acusa Israel de atacar, por meio aéreo, colunas de pessoas que estavam a sair da cidade e do norte de Gaza. O ataque aconteceu por volta das 17h30, hora local, e terá resultado em 70 mortos.
Gaza continua sem acesso a mantimentos, energia e combustível.
Egito, Israel e Estados Unidos da América chegam a acordo para a saída de estrangeiros de Gaza pelo Egito, através fronteira de Rafah.
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Uma explosão atingiu o Hospital Árabe Al-Ahli, em Gaza. Há versões diferentes sobre o número de mortos e a responsabilidade do rebentamento.
O Hamas apressou-se a culpar as forças israelitas, que devolveram a acusação aos militantes palestinianos, ao mesmo tempo que aconteciam protestos em todo o mundo contra a guerra.
Neste dia, o porta-voz da agência das Nações Unidas para os direitos humanos afirmava que o cerco imposto a Gaza e a evacuação forçada de palestinianos pode constituir um crime internacional.
Numa visita de oito horas a Israel, o Presidente dos Estados Unidos prometeu ajudar Telavive e promete que "não há prioridade maior do que o regresso seguro de todos os reféns".
A União Europeia triplica a ajuda humanitária a Gaza e revela a criação de um corredor aéreo para o transporte de ajuda.
No dia seguinte, os Estados Unidos e o Reino Unido aconselham os seus cidadãos a abandonarem o Líbano, temendo a intensificação do conflito.
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Os primeiros camiões com mantimentos entram em Gaza. Antes disso, o secretário-geral da ONU, António Guterres, tinha apelado por um cessar-fogo imediato na cimeira para a paz na Palestina. Esta cimeira decorria em Cairo e não contava com a presença de representantes dos Estados Unidos da América e de Israel.
A entrada de ajuda humanitária ocorre dias após Gaza ter anunciado que estava a ficar sem energia, o que representava um estado de alerta para os hospitais.
Bombardeamentos em solo israelita por parte do grupo militar Hezbollah aumentam os receios de uma nova frente entre Israel e o Líbano. O Ministério da Defesa israelita ordenou a evacuação de pelo menos 14 cidades no norte do país.
Na abertura de uma reunião do Conselho de Segurança, António Guterres reafirmou a condenação ao "terror sem precedentes" nos ataques do Hamas, de 7 de outubro. O secretário-geral da ONU disse que "nada pode justificar o assassinato, o ataque e o rapto deliberados de civis", mas que isso "não pode justificar a punição coletiva do povo palestiniano".
Guterres aludiu a "violações claras do direito humanitário internacional" na Faixa de Gaza, sublinhando que "é importante reconhecer também que os ataques do Hamas não aconteceram num vácuo", no quadro de 56 anos de uma "ocupação sufocante".
A referência de que "os ataques do Hamas não aconteceram num vácuo" foi rapidamente condenada por Israel, que pediu a demissão do secretário-geral das Nações Unidas.
Ataques aéreos israelitas atingem o maior campo de refugiados em Gaza. Pelo menos 190 pessoas morreram. Num comunicado, as Forças de Defesa de Israel afirmam que, deste ataque, morreu também Ibrahim Biari, um comandante do Hamas.
No dia seguinte, a Bolívia torna-se no primeiro país a romper relações diplomáticas com Israel face aos ataques cometidos na Faixa de Gaza.
Dias depois, Israel atacou o campo de refugiados de Maghazi, matando pelo menos 45 pessoas.
Hassan Nasrallah anuncia considerou a guerra contra Israel "legítima" a nível moral, humanitário e religioso. Descreveu a operação do dia 7 de outubro como “gloriosa e abençoada" e ameaçou a escalada do conflito com Israel, sublinhando o seu apoio ao Hamas e acusando os Estados Unidos de serem responsáveis pela guerra em Gaza.
No dia seguinte, o exército israelita anunciou ter feito raides aéreos contra alvos do Hezbollah. Estes raides marcam uma escalada da tensão na fronteira do norte de Israel.
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Ashraf al-Qidreh, porta-voz do Ministério da Saúde palestiniano, anunciou numa conferência de imprensa que mais de 10 mil pessoas morreram em Gaza desde o início da guerra.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que a Faixa de Gaza está a tornar-se um “cemitério de crianças” e voltou a apelar a um cessar-fogo imediato.
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