13 mar, 2022 - 21:40 • João Malheiro
O 18.º dia de guerra entre Rússia e Ucrânia ficou marcado por um ataque a uma base militar ucraniana perto da fronteira com a Polónia, que volta a lembrar que a escalada para um conflito mais global pode acontecer com um passo em falso.
Pelo menos 85 crianças foram mortas e uma centena feridas na Ucrânia desde a invasão do país ordenada pelo presidente russo Vladimir Putin, anunciou a Procuradoria-Geral ucraniana, este domingo.
Cerca de 100 mil pessoas, em 24 horas, juntaram-se às fileiras de refugiados da Ucrânia, mais de duas semanas após o lançamento da ofensiva militar pela Rússia, segundo dados divulgados, este domingo, pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Mais de 250 pessoas foram presas este domingo em toda a Rússia, por protestarem contra a operação militar daquele país na Ucrânia, segundo a OVD-Info.
A Renascença resume o dia número 18 do conflito entre Rússia e Ucrânia.
Pelo menos 35 pessoas morreram este domingo e 134 ficaram feridas num bombardeamento que visou uma base militar perto de Lviv, no oeste da Ucrânia, segundo um novo balanço adiantado pelo governador da região, Maxim Kozitsky.
De acordo com informações preliminares, as forças russas dispararam oito mísseis, disse a administração regional de Lviv, num comunicado inicial.
Esta base militar em Yavoriv serviu, nos últimos anos, como campo de treino para as forças ucranianas sob a supervisão de instrutores estrangeiros, principalmente americanos e canadianos.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros está a procurar "obter informações sobre eventuais cidadãos portugueses" na base militar de Yavoriv, bombardeada pela Rússia, reiterando o apelo para que nenhum nacional "se desloque para a Ucrânia".
Segundo o canal televisivo CNN Portugal, quatro portugueses, oriundos de Vila Nova de Gaia, estariam presentes na base militar de Yavoriv, não sendo conhecido o seu paradeiro.
Brent Renaud, jornalista norte-americano, foi morto na Ucrânia, este domingo, por tropas russas.
O antigo correspondente do jornal "The New York Times", terá sido morto na sequência de vários disparos por tropas russas, na região de Irpin.
O jornalista, que tinha 50 anos, cobriu as guerras no Iraque e Afeganistão, o terramoto no Haiti, fez várias reportagens em locais alvo de conflitos armados. Realizou, ainda, vários documentários, entre os quais “Meth Storm”, em 2017, e “Off to War”, em 2004.
Apesar de uma manhã tensa, o início da tarde trouxe alguns sinais positivos.
Um negociador russo disse que as conversações entre a Rússia e a Ucrânia estavam a fazer progressos apesar da guerra, apontando que os contactos diplomáticos aumentarem mesmo durante os combates no terreno.
“Se compararmos a posição das duas delegações entre o início das negociações e o momento atual, vemos que há progressos significativos”, disse Leonid Slutski, um membro da delegação russa que se encontrou recentemente com negociadores ucranianos na Bielorrússia.
O Governo português anunciou este domingo a criação de uma plataforma eletrónica para o registo de casos de menores ucranianos não acompanhados em Portugal ou em trânsito, para "garantir a sua segurança e plena proteção".
A plataforma está alojada no portal oficial do Governo e poderá ser contactada através do endereço de correio eletrónico: childcare.ukraine@seg-social.pt, que será "brevemente complementado com uma linha telefónica de apoio".
"É essencial reforçar a importância da identificação de todas as crianças que se encontrem nesta situação, quer estejam já em Portugal ou em trânsito, a fim de garantir a sua segurança e plena proteção, bem como o acesso a todos as valências de apoio existentes no país", refere o documento emitido pelo gabinete da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.