18 set, 2021 - 13:46 • Lusa
O ex-Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o príncipe real da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, foram condenados à morte por um tribunal dos rebeldes houthis, no Iémen, por envolvimento no assassinato de um líder civil em 2018.
O julgamento resultou ainda na execução em praça pública de nove pessoas que, ao contrário do americano e do saudita, estavam já nas mãos dos houthis.
Em causa está o assassinato, num ataque levado a cabo pela coligação internacional liderada pela Arábia Saudita, de Saleh al-Sammad, em abril de 2018. Sammad era na altura a mais alta figura da administração houthi, que controla grande parte do norte do Iémen.
A revolta dos houthis, um grupo étnico de maioria xiita, no Iémen, e a posterior conquista de Sanaa, em 2014, levou a Arábia Saudita, a principal potência sunita no mundo árabe, a intervir, encabeçando uma coligação composta sobretudo por outros países sunita da região.
Os sauditas apoiam atualmente o governo iemenita, reconhecido internacionalmente, mas não pelo houthis, que mantém a sua revolta. Os sauditas dizem que os houthis estão a ser manipulados pelo Irão, a grande potência xiita do Médio Oriente, uma alegação que ambas as partes negam.
A crise no Iémen é atualmente uma das piores situações humanitárias do mundo, com milhões de pessoas em risco constante de fome, segundo a ONU.