Santiago de Compostela

Juiz quer ouvir empresa responsável pela segurança da circulação ferroviária

20 ago, 2013 - 15:23

Embora considere que o responsável pelo acidente na Galiza seja o maquinista, o magistrado quer saber se a Adif acautelou todas as normas de segurança. O descarrilamento matou 79 passageiros e feriu mais de 150.

A+ / A-
O juiz espanhol encarregue do processo relativo ao acidente ferroviário de Santiago de Compostela, que fez 79 mortos, decidiu chamar a depor como réus os profissionais da Adif, empresa responsável pela segurança do troço da linha entre Ourense e a capital galega.

O juiz, citado pelo jornal “El Mundo”, quer saber se a Adif e a Renfe tiveram ou não em conta as medidas necessárias para garantir de forma segura e eficiente a circulação dos comboios no troço em que aconteceu o acidente.

Embora o juiz sublinhe que o responsável pelo descarrilamento do comboio seja o maquinista Francisco José Garzon, que está acusado de homicídio por negligência, reconhece que possam existir também responsabilidades por parte da Adif e da Renfe.

O descarrilamento ocorreu a 24 de Julho, numa curva a apenas quatro quilómetros da estação de Santiago de Compostela (Galiza). O acidente matou 79 passageiros e feriu mais de 150.

Momentos antes do acidente, a composição seguia a 192 quilómetros por hora, num troço onde o limite máximo de velocidade era 80. O maquinista, quando reparou que estava a entrar na curva, travou, mas não foi a tempo de evitar o descarrilamento do comboio, que saiu da linha a uma velocidade de 153 quilómetros por hora.

O comboio, com oito carruagens, não aguentou a velocidade e descarrilou contra uma parede. O impacto foi de tal modo forte e aparatoso que uma das carruagens foi lançada a vários metros de distância.

O maquinista foi detido e prestou declarações, tendo admitido, pela primeira vez, ter agido com "imprudência". Francisco Garzón foi formalmente acusado de homicídio por negligência e libertado, mas sob algumas condições, como a comparência regular em tribunal.
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+