A+ / A-

Guerra na Ucrânia

Rússia renova ataques com mísseis à Ucrânia. Há 34 feridos, incluindo crianças

01 mai, 2023 - 10:45 • Reuters

Kiev diz que 15 dos 18 mísseis cruzeiro lançados pela Rússia foram abatidos no ar. A cidade mais castigada foi Pavlohrad, entre as frentes sul e leste.

A+ / A-

A Rússia lançou esta segunda-feira de madrugada um novo ataque com mísseis contra várias partes da Ucrânia, sobretudo no leste do país, na segunda grande ofensiva aérea em três dias. De acordo com as autoridades ucranianas, pelo menos 34 pessoas ficaram feridas, incluindo três crianças, e várias casas ficaram destruídas.

Kiev diz que 15 dos 18 mísseis cruzeiro lançados pela Rússia foram abatidos no ar, o que permitiu proteger a capital e outras grandes cidades onde as sirenes de ataques voltaram a soar às primeiras horas da madrugada. A cidade mais castigada pelos novos ataques foi Pavlohrad, na região de Dnipro, entre as frentes sul e leste.

"Por volta das 2h30 da manhã (11h30 em Lisboa), os invasores russos atacaram a Ucrânia com vários aviões estratégicos", indicou Valeriy Zaluzhnyi, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia.

As autoridades de Kiev dizem que não foram registadas baixas nem danos na capital.

Um russo instalado na região ocupada de Zaporíjia divulgou na internet imagens dos estragos e incêndios em Pavlohrad, com a indicação de que as forças russas atingiram alvos militares na cidade.

Já de acordo com as autoridades da Ucrânia, que divulgaram imagens de uma larga faixa de território incendiada, dizem que foi atingido um complexo industrial, sem indicarem qual. Mykola Lukashuk, líder do conselho regional de Dnipropetrovsk, diz que a ofensiva de Moscovo atingiu 19 prédios de apartamentos, 25 casas, três escolas, três jardins de infância e várias lojas.

Os ataques têm lugar três dias depois de um outro ataque russo ter vitimado 23 civis, após um míssil ter atingido um arranha-céus de apartamentos na cidade de Uman.

A Rússia parece ter retomado a sua tática de Inverno de lançar ataques aéreos em larga escala a várias partes da Ucrânia, numa altura em que Kiev prepara uma contraofensiva para tentar reaver o controlo de territórios ocupados no sul e no leste.

No sábado, um aparente drone ucraniano atingiu um depósito de armazenamento em Sevastopol, que serve de base à Marinha russa na Crimeia, região ocupada pelos russos desde 2014. Kiev diz que esse ataque integrou os preparativos para essa ofensiva.

Depois de uma operação russa de cinco meses que não assegurou o controlo de mais territórios apesar dos sangrentos confrontos no terreno, a Ucrânia prepara-se para lançar um contraataque com recurso às centenas de veículos armados e de combate fornecidos pelo Ocidente.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Cidadao
    01 mai, 2023 Lisboa 11:09
    Enquanto a Ucrânia não tiver armas com alcance suficiente para abater os aviões que atacam a partir do Mar Cáspio - longe do alcance da anti-aérea ucraniana - ou misseis capazes de destruir as bases aéreas russas em território russo e atacar a marinha russa no Mar Negro, esta sarabanda vai continuar. Ou seja, a Ucrânia tem de passar ao contra-ataque em território russo e não se limitar a defender. Veja-se o "cagaço" dos russos quando os depósitos de combustível em Sebastopol, foram pelos ares. A guerra chegou aqui e o descanso acabou - é o que eles pensam.

Destaques V+