15 jul, 2020 - 16:05 • Luís Aresta
O presidente do Comité Olímpico Português (COP) lamenta a falta de informação rigorosa sobre a realidade nacional, no contexto da pandemia da Covid-19, que permita planear o regresso das modalidades.
Esta quarta-feira, as federações desportivas reúnem-se numa cimeira organizada pelo COP, pelo Comité Paralímpico e pela Confederação do Desporto de Portugal, para análise da situação desportiva em Portugal. Em entrevista a Bola Branca, José Manuel Constantino salienta que deve haver "um acompanhamento e uma corresponsabilidade da parte do Governo, do movimento desportivo e das autarquias", de forma a que as medidas de retoma das modalidades se concretizem.
"É uma ilusão pensar que as medidas que o Governo define, do ponto de vista da retoma, têm imediata repercussão na realidade. Por muito que o Governo diga que se pode retomar aqui ou acolá, haverá dificuldades se isto não estiver tudo em linha. Era indispensável que o país tivesse um diagnóstico o mais exato possível da realidade e nós não temos esse diagnóstico. O que conhecemos são informações dispersas. A ausência de um conhecimento real do que se está a passar dificulta a perceção que temos do problema e as medidas que temos de adotar", lamenta.
O presidente do COP lembra que a Volta a Portugal foi "autorizada pelas autoridades de saúde e pelo Governo, mas muitas autarquias demonstraram indisponibilidade", o que levou ao adiamento da prova.
José Manuel Constantino também teme que a retoma das modalidades de pavilhão, prevista para 1 de agosto, fique em suspenso:
"Isto tem de se traduzir também na disponibilidade das entidades proprietárias das instalações para as abrirem, porque se não as abrem ou colocam novos entraves à sua utilização, esvai-se o efeito das medidas."