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Acordo de rendimentos

Subida do salário mínimo em 60 euros é "o maior aumento anual de sempre", diz Costa

07 out, 2023 - 13:29 • Lusa

Governo assina com alguns parceiros sociais revisão do acordo de rendimentos aprovado em 2022.

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O primeiro-ministro, António Costa, destacou este sábado que o aumento de 60 euros do salário mínimo nacional no próximo ano, para 820 euros, é “o maior aumento anual” de sempre.

Falando em Lisboa, na sede do Conselho Económico e Social, após a assinatura com os parceiros sociais do Reforço do Acordo de Médio Prazo de Melhoria dos Rendimentos, dos Salários e da Competitividade, o primeiro-ministro salientou que este acordo permite “uma valorização dos salários superior à acordada há um ano”.

“O salário mínimo vai ter uma atualização de 7,9%. É um crescimento de 60 euros. Tanto quanto creio, é o maior aumento anual do salário mínimo alguma vez ocorrido”, enfatizou.

António Costa afirmou que o referencial de atualização dos salários para 2024 é também revisto no acordo hoje assinado, para 5%, “sendo agora mais elevado do que aquilo que tinha sido o compromisso assumido para este ano” (4,85%).

O Governo assinou hoje com a central sindical União Geral de Trabalhadores (UGT) e com as associações patronais Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) e Confederação do Turismo de Portugal (CTP) um reforço do acordo de melhoria dos rendimentos que eleva, nomeadamente, o valor do salário mínimo nacional para o próximo ano para os 820 euros.

De fora da assinatura deste acordo – que acontece dias antes da entrega, na terça-feira, no parlamento da proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) – ficam a CGTP (que já não tinha subscrito o pacto assinado no ano passado e agora revisto) e a CIP.

Fazendo um “balanço positivo” do primeiro ano do acordo, o primeiro-ministro lembrou que o referencial ali previsto era de um aumento de 5,1% dos rendimentos e dos salários e “os dados objetivos […] mostram que as empresas aumentaram os salários dos seus trabalhadores acima do valor de referência acordado há um ano”.

Citando dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o primeiro-ministro destacou que, no primeiro semestre deste ano, o salário médio nacional cresceu 7,5%, enquanto o conjunto das declarações à Segurança Social (SS) evidenciam uma subida do salário base de 8,1%.

“Significa isto que podemos fazer, com confiança, um balanço positivo deste primeiro ano do acordo. Crescemos mais, houve mais emprego, os rendimentos melhoraram mais, e isto significa que foi bom para o conjunto de todas as partes esta melhoria”, sustentou.

Celebrado há um ano entre o Governo, as confederações patronais e a UGT, o acordo de rendimentos previa que em 2024 o salário mínimo chegaria aos 810 euros. No entanto, numa entrevista recente, o primeiro-ministro já tinha manifestado abertura para ir mais longe.

O Governo realizou, desde então, várias reuniões com os parceiros sociais, sendo que, na sexta-feira, a ministra da Presidência confirmou, em declarações aos jornalistas, que a negociação apontava para uma subida do salário mínimo nacional para 820 euros, mais 10 euros do que tinha ficado acordado em outubro de 2022.

[atualizado às 13h50]

Comentários
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  • Petervlg
    09 out, 2023 Trofa 07:40
    O povo deu a maioria a este governo de mentirosos agora aguentem. A classe media, agora passa a ganhar o salario mínimo, que bom...
  • ANTONIO FERREIRA
    08 out, 2023 OEIRAS 09:05
    Umas vezes baseando-se na percentagem dizem que foi o maior aumento agora que a percentagem diminuiu apostaram no valor, Assim vai a nossa governação sempre o maior nem que seja uma miséria.
  • Digo
    07 out, 2023 Eu 13:32
    Sobe o salário mínimo, mantém-se ou diminui, o salário médio. E isto até mínimo e médio serem a mesma m@erda. O governo pode continuar a distribuir rebuçados pré-eleitorais, que quem foi espremido ou tem 2 dedos de testa, não vai na cantiga.
  • Americo
    07 out, 2023 Leiria 13:13
    Boa tarde. Lamento contrariar a euforia, mas com este valor não compramos a mesma quantidade de "coisas" que comprovamos. A inflação "comeu" este aumento de SMN.

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