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Telavive vai restringir acesso a templos sagrados durante Ramadão

12 mar, 2024 - 13:36 • Lusa

As autoridades israelitas anunciaram que vão permitir a entrada com restrições de palestinianos da Cisjordânia em Jerusalém e na Esplanada das Mesquitas durante o mês do Ramadão.

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As autoridades israelitas anunciaram esta terça-feira que vão permitir a entrada com restrições de palestinianos da Cisjordânia em Jerusalém e na Esplanada das Mesquitas, conhecida pelos judeus como Monte do Templo, durante o mês do Ramadão.

O Coordenador de Atividades Governamentais nos Territórios (COGAT), autoridade militar israelita responsável pelos territórios palestinianos, indicou, em comunicado divulgado esta terça-feira, que homens com mais de 55 anos, mulheres com mais de 50 e crianças até 10 anos poderão entrar na área às sextas-feiras para rezar na mesquita de al-Aqsa.

Estes palestinianos deverão ter uma licença da COGAT válida, mas que poderá ser revista pelas forças de segurança.

Além disso, as autoridades reservam-se a possibilidade de introduzir modificações à medida que o mês avança, segundo avançou o jornal The Times of Israel.

Embora as autoridades não tenham adiantado pormenores sobre a viabilidade de os palestinianos da Cisjordânia poderem visitar Jerusalém de domingo a quinta-feira durante o Ramadão, confirmaram que os habitantes de Gaza não poderão aceder à área devido à guerra na Faixa.

Na semana passada, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou que não haveria restrições ao número de muçulmanos que poderiam aceder à área para rezar durante o Ramadão.

Além disso, o Governo garantiu que não aplicaria restrições especiais aos árabes israelitas no contexto de um aumento da violência no quadro do conflito israelo-palestiniano.

Alguns países da região protestaram contra a imposição de restrições deste tipo na área, incluindo a Jordânia, cujo ministro dos Negócios Estrangeiros, Ayman Safadi, exigiu que todas as medidas impostas fossem levantadas para facilitar a oração.

Na noite de domingo, as forças de segurança israelitas impediram que centenas de fiéis muçulmanos entrassem na mesquita de al-Aqsa para as suas primeiras orações após o início do Ramadão.

Israel também instalou arame farpado à volta do complexo, perto do Portão dos Leões, segundo a administração palestiniana de Jerusalém.

O Ramadão é o mês sagrado do jejum e da oração na tradição muçulmana, marcado pelo jejum desde o nascer ao pôr-do-sol e cumprido por cerca de dois mil milhões de pessoas em todo o mundo.

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