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David Justino: AD beneficiou da vontade de mudar, mas "quem ganha acima de tudo é o Chega"

10 mar, 2024 - 22:35 • João Malheiro

David Justino lamenta que, em Portugal, haja "défice de cultura de compromisso".

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David Justino considera que a Aliança Democrática (AD) beneficiou da vontade de mudar mas "quem ganha acima de tudo é o Chega", tendo em conta os resultados ainda provisórios das eleições legislativas deste domingo.

O social-democrata referiu, na emissão especial da Renascença, que a "Esquerda perdeu claramente" e há um reforço da ideia que o bipartidarismo "é capaz de ter de ser repensada".

"Vamos ter de lidar com uma nova configuração do eleitorado", refere David Justino.

"Enquanto o país sair prejudicado é o Chega que cresce"

O antigo ministro da Educação defende um compromisso em setores chave, como Saúde, Forças Armadas, Educação e Justiça, por exemplo, para travar o crescimento do Chega.

"As grandes dificuldades vai ser para quem estiver no Governo. Temos um conjunto de problemas que se têm vindo a arrastar. Quem tiver as rédeas do Governo vai ter de se preocupar muito com a situação externa. É um contexto que faz aumentar a incerteza. Devo confessar que tenho uma dose de pessimismo e que a teoria dos micro ciclos possa ser reposta", analisa, ainda.

"Sobre esses quatro ou cinco grandes temas. Eu julgo que é possível, tem de haver uma convergência. Quando falo num acordo escrito é um compromisso sobre três ou quatro coisas fundamentais. Não é um programa, é o mínimo dos mínimos. Se não conseguirmos arranjar resposta para isto é o país que sai prejudicado. Não é o PSD nem o PS. Enquanto o país sair prejudicado é o Chega que cresce", salientou.

David Justino lamenta que, em Portugal, haja "défice de cultura de compromisso".

"Não conseguimos fazer aquilo que os alemães fazem, os suecos fazem. A emergência do Chega poderia acelerar se fosse levado a sério. Tem de ser acordo escrito", refere.

O social-democrata refere que o Chega não é "nem credível, nem respeitável" e duvida que se houvesse um acordo com o partido de André Ventura, essa aliança durava até ao fim da legislatura.

"Sobre esses grandes temas se fosse possível, tem de haver uma convergência. Se não conseguirmos arranjar respostas para isto, é o país que sai prejudicado. Enquanto o país sair prejudicado é o Chega que beneficia", lamenta, ainda.

[notícia atualizada]

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