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Jornada Mundial da Juventude

"Onde está o altar-palco do Parque Tejo?" PS quer explicações de Moedas

14 mar, 2024 - 16:34 • Susana Madureira Martins

Socialistas querem saber onde pára a estrutura que foi montada para a Jornada Mundial da Juventude, que custou 4 milhões de euros, e levantam dúvidas sobre a isenção de taxas ao Rock in Rio.

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O PS de Lisboa quer saber onde está o altar-palco do Parque Tejo que foi usado para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Agosto e, esta quinta-feira, vai confrontar o vice-presidente da Câmara de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia, sobre esta questão em reunião da Assembleia Municipal.

Em declarações à Renascença, o líder da bancada municipal do PS, Manuel Portugal Lage, questiona: "Onde estão os 4 milhões de euros que foram utilizados para a construção do altar-palco?"

O deputado municipal do PS recorda que o presidente da autarquia, Carlos Moedas, prometeu que aquela seria "uma infraestrutura para a cidade de Lisboa" e conclui que o altar-palco "não só não serve para futuras utilizações, o altar-palco desapareceu, não está lá".

Na zona do Parque Tejo onde, em Agosto, decorreram as cerimónias com a presença do Papa Francisco, mantém-se a cobertura em metal, mas o altar-palco foi retirado. Para Manuel Portugal Lage são "4 milhões de euros do erário público que foram conseguidos e cujo empréstimo foi garantido com o voto do PS".

Esta é uma das questões que a bancada municipal dos socialistas irá colocar esta quinta-feira ao vice-presidente da Câmara de Lisboa, mas, na audição, Filipe Anacoreta Correia será ainda confrontado com a questão da isenção de taxas da autarquia à realização do Rock in Rio no Parque Tejo.

Manuel Portugal Lage explica à Renascença que o PS "agora que está na oposição não está contra a isenção de taxas". Não está contra, acrescenta o deputado municipal, "desde que essa isenção sirva para, em certa medida, colmatar alguma falha do terreno público e que ela possa ajudar o promotor a colmatar essa falha".

O socialista exemplifica com o que se passa com o Parque Tejo e o Rock in Rio: "Havendo um palco que já está instalado no Parque Tejo, que não estava na Bela Vista, não faz sentido a isenção total de taxa."

Contas feitas, o deputado do PS considera que "quando somamos aos 4 milhões a uma isenção de 3 milhões de euros, já não estamos a falar de 3 milhões de euros, mas de 7 milhões de euros".

A audição de Filipe Anacoreta Correia na Assembleia Municipal, no Fórum Lisboa, decorre esta quinta-feira depois de ter sido conhecido no início do ano o relatório que a autarquia produziu sobre a realização da JMJ.

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