Chefe de Estado brasileira virou as suas atenções directamente para os Estados Unidos, afirmando que a espionagem entre países aliados é “totalmente inaceitável”.
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, criticou os Estados Unidos na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, durante a assembleia geral desta terça-feira.
Depois de ter começado o seu discurso com uma condenação do atentado terrorista no Quénia, Dilma virou as suas atenções directamente para os Estados Unidos, afirmando que a espionagem entre países aliados é “totalmente inaceitável”.
Este tipo de “intromissão” nas vidas e nos assuntos de outros países constitui uma infracção do direito internacional e “uma afronta” aos princípios que devem governar as relações entre os países, sobretudo países amigos.
As palavras duras de Dilma Rousseff foram ouvidas por todos os presentes, incluindo a delegação norte-americana, mas o próprio Barack Obama não estava na audiência, pois encontrava-se a caminho da sede das Nações Unidas.
A governante cancelou recentemente uma visita aos Estados Unidos, depois de ter sido revelado que os serviços de inteligência americanos espiaram o seu e-mail pessoal. A notícia foi revelada há semanas pela Rede Globo, com base em documentos alegadamente fornecidas por Edward Snowden, um ex-funcionário das secretas americanas que foi condenado por divulgar documentação confidencial, revelando uma rede de vigilância americana que acedia a comunicações a nível mundial.
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