26 out, 2021 - 13:00 • Luís Aresta
O Famalicão não é um "fantasma", porém, se marcar primeiro, pode assombrar a Alvalade. É a convicção de Porfírio Amorim.
O treinador, de 61 anos, antigo jogador do Famalicão e que no virar do século foi coordenador técnico do Sporting, fala a Bola Branca do encontro entre ambos para o grupo B da Taça da Liga. Porfírio Amorim admite um jogo equilibrado se for o Famalicão a abrir o marcador.
"Se o Famalicão marcar primeiro, eventualmente, sim. Se for o Sporting, aí, as coisas ficam mais fáceis", diz, complementando com a ideia de que Ivo Vieira preparou uma equipa "com o intuito de ganhar".
Um empate basta ao Famalicão para suscitar dúvidas ao Sporting quanto à possibilidade de defender o título conquistado na época passada. Isto porque, na primeira ronda da fase de grupos, os famalicenses golearam, em casa, o Penafiel, por 5-0. A diferença entre golos marcados e sofridos é o primeiro critério em caso de igualdade pontual entre duas equipas.
Um empate com o Famalicão obrigaria o Sporting a ir à procura de golos, na terceira e última jornada, em Penafiel. É mais um motivo para o leão dar tudo por tudo para derrotar um "borrego" difícil de esfolar.
Na antevisão ao jogo, Rúben Amorim desvalorizou o tema, tendo feito notar que na Liga dos Campeões também havia um "borrego", numa alusão à goleada que a sua equipa impôs, em Istambul, ao Besiktas (1-4).
Na opinião de Porfírio Amorim, o técnico leonino "está a ser inteligente, preparando os seus jogadores para enfrentar uma boa equipa como é o Famalicão e para fantasmas que, verdadeiramente, não existem".
O antigo jogador do Famalicão faz notar que "quem anda no futebol pensa sempre estar nos melhores palcos". A equipa de Ivo Vieira tem "certamente essa ambição" de marcar presença em Leiria, na "final four" da Taça da Liga, marcada para a última semana de janeiro de 2022.
Porfírio Amorim é natural de Requião, freguesia de Vila Nova de Famalicão, onde nasceu em 1960. Atualmente, está sem clube, depois de, na temporada 2014/15, ter treinado o Trofense.
O tempo que dedica à atividade comercial na cidade de Famalicão não o impede de acompanhar o futebol e de aplicar o seu "olho de treinador" para descodificar a razão pela qual o clube minhoto vale mais do que os seis pontos conquistados nas primeiras nove jornadas do campeonato.
“É fruto da estratégia de juventude, com jogadores extremamente jovens, praticamente todos internacionais e de grande valia. São jogadores a quem falta traquejo e têm de jogar para o adquirir, ganharem confiança e poderem expressar o valor que têm”, remata Porfírio Amorim.