29 mai, 2023 - 12:45 • Luís Aresta
No rescaldo do título falhado pelo Porto, José Fernando Rio anuncia na Renascença a forte probabilidade de ir a votos em 2024. Nas últimas eleições, em que foi opositor de Pinto da Costa, José Fernando Rio atingiu os 26,4%. A intenção é estar de novo na corrida à presidência do FC Porto, no próximo ano.
“Tenho ideias definidas daquilo que o Porto precisa. Não vi grandes alterações nos últimos três anos, portanto é natural que a situação de há quatro anos se volte a repetir; é o mais provável”, declara o jurista e empresário, numa entrevista a Bola Branca.
Num balanço do campeonato, José Fernando Rio entende que a arbitragem continua a não merecer a confiança dos adeptos e que o Benfica foi beneficiado nalguns jogos. Contudo, José Fernando Rio não deixa de reconhecer que o novo campeão nacional teve o mérito de ser mais regular do que o conjunto liderado por Sérgio Conceição.
“Se o Porto tivesse sido campeão, não era de estranhar. O campeonato foi muito equilibrado e às vezes decidido nos pormenores. O Benfica teve um bocadinho mais de mérito em manter uma regularidade superior à do Porto, também foi ligeiramente ajudado num ou outro jogo, como em Guimarães, no Dragão e agora em Alvalade com uma decisão polémica no golo do empate. São coisas que acontecem e é preciso melhorar. É preciso que, principalmente os adeptos, tenham 100% de confiança na arbitragem, o que neste momento não existe”, sublinha.
FC Porto
"Tivemos algumas situações que nos prejudicaram. F(...)
Para que o Porto resgate o título na próxima época são necessários reforços que recomponham um plantel que arrisca perder jogadores influentes, tal como perdeu num passado recente, defende José Fernando Rio.
“O plantel desta temporada era inferior ao que foi campeão nacional. O Porto tem de tentar manter os seus melhores jogadores, o que já não será possível porque Uribe que é titular vai sair e, mais uma vez, sai a custo zero. Há aqui já um histórico de saídas de jogadores titulares a custo zero”, declara, antes de reconhecer a incontornável necessidade de venda de ativos.
“O Porto precisa sempre de vender jogadores para equilibrar as suas contas. Falta capacidade a esta direção para procurar outras alternativas; vamos ver se não é o Diogo Costa. É uma dor de alma quando ouço falar que o Diogo Costa pode sair e, tendo em conta estas saídas, é preciso ter a capacidade de encontrar valores que, por menos dinheiro, os possam substituir; jogadores já com alguma experiência e criatividade. Acho que faltou muita criatividade ao plantel. As saídas de Luis Diaz, Vitinha e Fábio Vieira nunca foram completamente colmatadas e isso refletiu-se na campanha que o Porto fez no campeonato”, aponta José Fernando Rio.
Taça de Portugal é para ganhar, mas atenção ao Braga
Depois de ter falhado a revalidação do título, o FC Porto vai tentar, domingo, dia 4 de junho, ganhar, pelo segundo ano consecutivo, a Taça de Portugal. O opositor na final é SC Braga e José Fernando Rio espera um jogo de fortes emoções no Jamor.
“Vai ser uma final muito disputada. O Braga fez uma grande época. Tirando o jogo pobrezinho e apagado na Luz fez uma excelente época e está motivado para conquistar a Taça de Portugal. Espero um grande jogo, uma grande final, mas acho que o Porto tem todas as condições para vencer. O Porto chega ao fim da época em crescendo e o Braga está igual a si próprio. Vai ser com certeza um grande jogo, que eu espero que o Porto ganhe” conclui.
A final da Taça de Portugal, entre FC Porto e Sporting de Braga, está marcada para domingo, às 17h15, no Estádio Nacional, em Oeiras. O jogo terá acompanhamento integrar na Renascença e em rr.sapo.pt.