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Pinto da Costa diz que "não seria candidato" se Rui Moreira avançasse

31 mai, 2020 - 08:51 • Redação

Em entrevista ao Jornal de Notícias, o presidente do FC Porto, diz que uma hipotética candidatura do autarca o teria desmobilizado na vontade de cumprir um novo mandato. "O passado e presente e o amor que tem à cidade e ao F. C. Porto falam por si", elogia Pinto da Costa.

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O presidente do FC. Porto, Pinto da Costa, que concorre a 15º mandato à presidência do FC Porto diz que haveria um fator que o faria recuar na intenção de passar mais quatro anos à frente dos azuis-e-brancos. Rui Moreira, atual presidente da Câmara do Porto, teria de ter manifestado o interesse de se candidatar.

"Se o Rui Moreira se tivesse candidatado, embora ele me tenha dito que não o faria, e que eu devia continuar neste período difícil, merecia o meu apoio e eu não avançava, não me teria candidatado. O passado e presente e o amor que tem à cidade e ao F. C. Porto falam por si", diz em entrevista ao Jornal de Notícias, publicada este domingo.

Num momento em que o futebol nacional e internacional passa e vai passar por grandes provações devido ao impacto do Covid-19 na atividade, Pinto da Costa alerta que "numa altura destas é fundamental manter a estabilidade e as pessoas que estão nos pontos-chave".

Ainda sobre os putativos candidatos à sua sucessão, Pinto da Costa diz que há nomes que foram falados, que se avançassem não mereceriam preocupação sua caso pudessem ganhar. "O António Oliveira é um deles, como o Vítor Baía, o André Villas-Boas ou o Rui Moreira. Qualquer um deles, se se candidatasse, seria prestigiante para o clube. Com eles estava tranquilo, não me candidatava, mas se o fizesse sentia-me prestigiado em concorrer com pessoas que têm um passado no F. C. Porto. António Oliveira tem todo o direito de ser crítico", diz na entrevista ao mesmo jornal.

Sobre Moreira, colocando-o num lugar de destaque em relação aos outros nomes, o presidente dos dragões tece-lhe rasgados elogios. "O Rui Moreira não é presidente da Câmara por ambição política. Ele não é político, pois se o fosse já se tinha encostado a um partido. Continua independente, porque gosta da cidade. Mas gosta também do F. C. Porto. Julgo que ser presidente das duas instituições lhe daria igual prazer, como a mim me daria. Houve tempos em que também fui sondado para ser presidente da Câmara do Porto", recorda.

"Convidei-o para liderar a lista do Conselho Superior e não se escusou. Assumiu e fez questão de estar na apresentação da lista por convicção. Não devemos nada um ao outro. Nunca lhe pedi nada nem me fez favores, e vice-versa. É apenas uma comunhão de ideias no amor a tudo o que é da cidade. E isso identifica-nos, além, claro, da paixão enorme pelo F. C. Porto", identifica.

Na mesma entrevista, Pinto da Costa anuncia que o clube nortenho está em negociações para venda do naming do Estádio do Dragão. "Sim, e estamos em negociações para isso. Ainda recentemente reunimos com um potencial interessado. Queremos tentar manter o nome de Dragão juntando-o ao do investidor, tal como aconteceu quando a Caixa [Geral de Depósitos] esteve ligada à arena. Não é obrigatório, mas creio que vai ser possível manter o Dragão", defende.

Sobre a guerra com os clubes de Lisboa, Pinto da Costa revela que Bruno de Carvalho quando saiu do Sporting lhe mandou uma mensagem a dizer: "cuidado, o F. C. Porto está tramado. O presidente vai ser o Varandas e vão estar alinhados contra o F. C. Porto". "Essa aliança nunca vai ser oficializada. Mas sente-se nos comportamentos uma vontade desses clubes em se aliarem", diz Pinto da Costa que acusa Sporting e Benfica de quererem derrubar Pedro Proença para colocar Luís Duque como presidente da Liga de Clubes.

O mesmo na entrevista ao JN afirma que seria insensato, neste momento, pedir a demissão de Pedro Proença, devido ao momento difícil que o futebol atravessa.

Nas eleições agendadas para 6 e 7 de junho, as novidades na lista do presidente são as entradas para os cargos de vice-presidentes do antigo guarda-redes portista Vítor Baía, que será o elemento de ligação entre a Direção e o Futebol Profissional, e dos empresários José Américo Amorim, do Grupo Amorim, e Paulo Mendes, administrador do Banco Carregosa, que serão responsável pela reformulação administrativa e financeira, dando apoio direto a Fernando Gomes.

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