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Seleção feminina de râguebi 15 no Trophy Europe. “Competir para continuar a crescer”

31 out, 2022 - 13:10 • Pedro Castro Alves

Selecionador e capitã alinhados quanto aos objetivos da primeira participação competitiva de Portugal da segunda divisão europeia da modalidade. Foco é fazer com o râguebi feminino “o que tem sido feito no futebol”.

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Competir com o objetivo de fazer crescer a modalidade e o desporto feminino. Este é o grande objetivo da seleção de râguebi de 15, que compete pela primeira vez na segunda divisão europeia da modalidade.

Depois de vencer a Bélgica, seguem-se as mais experientes Finlândia e Rep. Checa, no início de 2023, para Trophy da Rugby Europe.

O selecionador nacional, João Moura, não esconde que o objetivo “é continuar a melhorar”, para poder “continuar a crescer e a desenvolver”. Apesar de supersticioso, o selecionador avança com as melhores “expectativas” da equipa.

“Eu gosto de acreditar que nós temos um potencial muito interessante. Com os pés assentes na terra, jogo a jogo, sente-se no grupo que todas elas querem chegar à divisão seguinte. Se o vamos conseguir fazer este ano? Não sei, mas acho que no fundo esse objetivo está sempre presente”, diz, em Bola Branca.

O râguebi de 15 tem vindo a tentar ganhar terreno a vertentes mais populares em Portugal, como a de sete. João Moura acredita que há muito “potencial” por explorar.

“Tem sido um trabalho, juntamente com os clubes, de evoluir para uma competição doméstica de 15. Olho com bons olhos, porque continuamos a crescer enquanto modalidade. Precisamos agora de começar a captar nos escalões mais abaixo, para podermos garantir esta continuidade a médio e longo prazo. Diria que temos um caminho muito interessante e positivo para fazer no râguebi de 15”, explica.

Do lado das atletas, a capitã da seleção nacional já só pensa em vencer os próximos jogos. Portugal bateu a Bélgica por 71-5 no primeiro jogo e Daniela Correia admite que isso deixou a equipa muito “motivada”.

“Foi um grande arranque para nós, que nos faz sonhar. Sentimo-nos super bem. Cometemos erros, como é lógico, mas deixou-nos com vontade de fazer já os próximos jogos e ter o mesmo resultado, a vitória”, afirma, em entrevista à Renascença.

A capitã da seleção diz que o râguebi feminino “tem crescido bastante”, com alguns apoios internacionais.

A principal dificuldade é “angariar raparigas para o râguebi feminino”, até porque “quanto mais quantidade, maior a qualidade”. Para isto, Daniela Correia pede a ajuda de todos e dá o exemplo do futebol.

“O que espero é que Portugal comece a olhar com outros olhos para o desporto feminino no geral e que haja um forte apoio à formação. Vemos o caso do futebol, que tem crescido muito graças a este apoio e eu espero que, com estes resultados, comecem a olhar para nós de outra forma e que a aposta seja definitiva”, conlcui.

A seleção nacional de râguebi de 15 defronta agora a Finlândia, em fevereiro, e a República Checa, em março.

A preparação para estes jogos continua, com um amigável já agendado para o dia 26 de novembro, com a Suécia, no Estádio do Jamor.

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  • Jorge Motta
    01 nov, 2022 Porto 11:10
    Como dirigente do Sport Rugby, agradeço RR Port este artigo. O RUGBY Nacional precisa destes artigos. Existem várias clubes em Portugal com equipas femininas que precisam do nosso apoio para crescer, como o SPORT CLUB DO PORTO, CERCARTE, BRAGA, TROFA, CRAV entre outras só no Norte. Próximo fim de semana nos Arcos de Valdevez estarão estes clubes representados para se criar uma seleção feminina do Norte, que se irá deslocar dia 26 a Lisboa para fazer parte do apoio à Seleção Nacional feminina.

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