Foram ouvidas várias rajadas de disparos e uma forte explosão, esta segunda-feira, no centro comercial na capital do Quénia que se encontra sob um ataque terrorista desde sábado. Segundo os jornalistas presentes no local a explosão que se fez esta manhã foi a mais forte dos três dias do cerco. Há indícios de que poderá estar a decorrer o assalto final para tentar libertar os reféns e neutralizar os terroristas e parte do centro comercial está em chamas.
Os militantes do grupo islamita da Somália, Al-Shabaab, continuam a ocupar uma secção do espaço, embora as forças governamentais já tenham conseguido reconquistar a maior parte do centro comercial.
Pelo menos 69 pessoas estão confirmadas como mortas e 175 ficara feridas, após um dia e meio de confrontos. Entre os mortos, incluem-se vários cidadãos estrangeiros ocidentais e também familiares do Presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta. Segundo algumas testemunhas os militantes pediram aos reféns para recitar o credo islâmico e abateram todos os que não o conseguiam fazer.
Em Portugal, o Ministério dos Negócios Estrangeiros afirma não ter informação de que haja algum cidadão português entre as vítimas.
Os militantes do Al-Shabaab, que segundo os mais recentes relatos têm consigo ainda cerca de dez reféns, exigem a retirada de tropas quenianas da Somália. As forças quenianas invadiram parte do país para tentar impedir uma série de ataques e raptos transfronteiriços, levados a cabo pelo Al-Shabaab.
Tudo indica, contudo, que as exigências dos terroristas não vão ser acolhidas. O Presidente Uhuru Kenyatta já prometeu não abandonar a guerra contra o terrorismo na Somália e fala da necessidade de punir “rápida e dolorosamente” os responsáveis pelo atentado.
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