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Futsal

Final do Mundial é "a maior da carreira" de Ricardinho

01 out, 2021 - 14:14 • Redação com Lusa

O capitão da seleção nacional de futsal quer, frente à Argentina, “uma despedida em grande”, no último Mundial que disputará.

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O capitão Ricardinho assumiu, esta sexta-feira, que a final do Mundial de futsal será “a maior” da carreira, que pretende terminar com “a cereja no topo do bolo”, pois a seleção portuguesa vai “em busca da glória”.

Portugal tem encontro marcado com a Argentina, atual detentora do título, numa final a que nunca antes chegara. Ricardinho está consciente da dificuldade que a seleção enfrenta no jogo decisivo, na Lituânia.

“É, sem dúvida, a maior final da minha vida e carreira. É a única final que ainda não tinha jogado. Seria a cereja no topo do bolo, mas não vamos jogar sozinhos. Vamos jogar contra a atual campeã do mundo. Somos os atuais campeões da Europa e vamos tentar, acima de tudo, desfrutar deste jogo e levar este troféu para Portugal”, afirmou.

Adeus à altura da lenda


Tendo dito várias vezes que este será o seu último Mundial, Ricardinho, de 36 anos, quer agora que Portugal continue “a fazer história”.

“Sobretudo, estamos contentes porque é algo histórico para nós. Já estamos a fazer história, mas, agora, temos de ir em busca da glória. Já que estamos aqui, queremos um objetivo mais além”, sublinhou.

O seis vezes melhor do mundo (2010 e 2014 a 2018) revelou que “ainda está por decidir” se será o seu último grande evento - o próximo Europeu realiza-se em janeiro de 2022. Porém, pediu “uma despedida em grande”.

“Esta seleção tem tido uma evolução muito grande e temos demonstrado dentro de campo que já merecíamos uma final destas”, frisou.

Vencer será indescritível


Campeão europeu em título e na discussão pelo Mundial, Ricardinho considerou que Portugal tem “mostrado nos próprios clubes que o trabalho tem sido bem feito e que a formação tem dado cada vez mais jogadores a esta seleção, como se vê pela média de idades deste grupo”, em que a maioria, no entanto, “já está habituada a jogar finais”.

“Pode haver aquele nervoso miudinho e passar mil e uma coisas pela cabeça, mas queremos muito fazer história. Não adianta ter medo de jogar, pois todos pagavam para estar no nosso lugar. Conquistámos isso a pulso e agora é desfrutar, dar o melhor e que, no fim, sejamos nós a sorrir”, ressalvou o jogador dos franceses do ACCS Paris.

Se conquistar o Europeu foi como “tocar o céu”, como foi dizendo desde então, Ricardinho não sabe “se há outras palavras” que possam adjetivar um possível triunfo no Mundial: "Só agora começou a cair a ficha."

"Nunca foi só o Ricardinho"


A regressar depois de uma lesão grave que o afastou das arenas durante seis meses, o internacional português sabe que “as pessoas estão sempre à espera de um ‘cabrito’, de uma ‘cueca’ ou um golo de bicicleta”. No entanto, explicou que “o Ricardinho que veio para este Mundial sabia que essas coisas tinham 10% de possibilidades de acontecerem”:

“Não ia chegar nas minhas melhores condições, em termos de dribles e confiança, mas ia estar disponível e a conseguir ajudar com a minha experiência, passes, a visão de jogo e o respeito que os adversários têm por mim. Estou a jogar com menos um tendão, é a mesma coisa que andar de bicicleta com menos uma roda. É óbvio que estão habituados a que seja seis vezes melhor do mundo e que ganhe finais sozinho muitas vezes, mas temos de nos adaptar. Mais do que nunca, esta seleção adaptou-se. Nunca foi só o Ricardinho. É a seleção de Portugal."

A final do Mundial de futsal, entre Portugal e Argentina, disputa-se no domingo, às 18h00, na Zalgiris Arena, em Kaunas, na Lituânia.

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