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Eurovisão. RTP pede reunião para esclarecer incidentes com atuação da final

15 mai, 2024 - 13:15 • João Malheiro

O pedido da RTP é apoiado por vários países, incluindo França e Espanha - duas emissoras dos "Big Five", que prestam o maior contributo financeiro para a realização do Eurofestival.

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A RTP pediu à Eurovisão uma reunião para esclarecer os incidentes na final do festival, em que Iolanda atuou com unhas pintadas de tons e símbolos alusivos à Palestina.

Ao contrário das restantes atuações, a performance de Iolanda foi publicada com atraso de mais de uma hora no Youtube oficial da Eurovisão e já depois das linhas do televoto terem fechado.

Em outras redes sociais, como no Instagram, um vídeo da atuação de Portugal na semifinal foi usado, no lugar da atuação da final.

O pedido da RTP é apoiado por vários países, incluindo França e Espanha - duas emissoras dos "Big Five", que prestam o maior contributo financeiro para a realização do Eurofestival. Croácia e Noruega são outros dos países que subscreveram a este pedido, segundo a estação pública portuguesa.

A participação de Israel, num momento em que ocupa militarmente a Faixa de Gaza, causou polémica, ainda meses antes da realização da edição deste ano. Durante o evento que decorreu na semana passada, em Malmo, na Suécia, várias delegações, incluindo a portuguesa, denunciaram mau ambiente e episódios de assédio da responsabilidade da delegação israelita.

Israel ficou em segundo lugar no televoto, o que lhe acabou por valer um quinto lugar final, quando contabilizado também as avaliações dos júris nacionais. O processo também está a ser alvo de críticas, com muitos a apontarem que, ao contrário de outras delegações, a emissora israelita investiu em publicidades de apelo ao voto, incluindo vídeos publicitários em várias línguas e uma campanha comercial em Times Square, em Nova Iorque.

Este domingo, à RTP3, Nicolau Santos, do Conselho de Administração da estação pública, descreveu a votação de Israel no televoto como "verdadeiramente extraordinária".

“Para um evento que não se quer político, é óbvio que temos de refletir sobre esta votação, que foi uma votação política de pessoas que apoiam Israel e que levaram Israel para este nível de classificação", apontou.

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