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Presidente do Irão garante que não quer armas nucleares

25 set, 2013 - 00:36

Na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, Hassan Rouhani garantiu que o Irão "não procura aumentar a tensão com os EUA", salientando que tinha "ouvido cuidadosamente" o discurso pronunciado pelo Presidente Barack Obama.  

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O Presidente do Irão, Hassan Rouhani, disse esta terça-feira que as armas nucleares de destruição massiva "não integram a doutrina de segurança e defesa" do seu país e ofereceu um "diálogo construtivo" aos Estados Unidos.

Ao discursar na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, Rouhani garantiu que o Irão "não procura aumentar a tensão com os EUA", salientando que tinha "ouvido cuidadosamente" o discurso pronunciado pelo presidente Barack Obama.

O líder iraniano apelou a Obama para que rejeite "os interesses de vistas curtas dos grupos de pressão favoráveis à guerra", adiantando que se o fizesse "talvez se pudesse chegar a um quadro que permita a gestão das diferenças".

Rouhani falou horas depois de Obama ter dito à Assembleia Geral que queria um "acordo significativo" com o Irão, se agisse para acabar com as preocupações internacionais sobre o seu programa nuclear.

A natureza "exclusivamente pacífica" deste programa foi reafirmada por Rouhani, que salientou que as armas nucleares e outras armas de destruição massiva "contradizem as convicções religiosas e éticas" dos iranianos.

Insistiu que a comunidade internacional tem de aceitar a actividade nuclear do Irão, que o Ocidente considera uma forma de conseguir a capacidade para fabricar uma bomba nuclear.

O Conselho de Segurança da ONU já impôs quatro rondas de sanções contra o Irão pelo seu programa de enriquecimento de urânio.

Mas Rouhani disse que é "uma ilusão, e extremamente irrealista, presumir que a natureza pacífica do programa nuclear do Irão pode ser garantida, impedindo-o através de pressões ilegítimas".

Rouhani condenou também o terrorismo, que qualificou de "flagelo violento", mas acrescentou que "a utilização de 'drones' (aviões não tripulados) contra inocentes em nome da luta contra o terrorismo também devia ser condenada".

Os EUA estão a utilizar este tipo de avião desde 2004 em operações nas zonas tribais semiautónomas do noroeste do Paquistão, uma região fronteiriça do Afeganistão, que serve de santuário aos talibãs e outros grupos islamitas armados com a Al-Qaeda.

Estas operações, que se têm multiplicado desde 2008, são consideradas por Washington como uma arma chave contra o terrorismo, mas também fazem vítimas entre a população.
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