Presidente do Irão defende diálogo em vez de sanções

O novo presidente do Irão propõe à comunidade internacional um processo de “diálogo em pé de igualdade” para resolver a disputa nuclear e acabar com as sanções.

“Não falem com o Irão numa linguagem de sanções, falem numa linguagem de respeito”, declarou Hassan Rohani, este domingo, na cerimónia de tomada de posse.

Rohani apresentou a lista de ministros ao presidente do parlamento de Teerão, que terá de aprovar a nova equipa governativa.

Para o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros escolheu o antigo embaixador do Irão nas Nações Unidas, Mohammad Javad Zarif, um respeitado diplomata, bem conhecido pela administração norte-americana, incluindo o vice-presidente Joe Biden e o secretário da Defesa Chuck Hagel.

EUA serão um "parceiro disponível"
Os Estados Unidos serão "um parceiro disponível" na questão nuclear iraniana se o novo Presidente do Irão Hassan Rohani assumir um compromisso "substancial e sério" e cumprir as suas obrigações internacionais, afirma a Casa Branca, em comunicado. 
 
"A investidura do Presidente [Hassan] Rohani representa uma oportunidade para o Irão agir rapidamente para acalmar as profundas preocupações da comunidade internacional em relação ao seu programa nuclear", referiu o comunicado da administração norte-americana, divulgado no dia em que o novo chefe de Estado iraniano fez o seu primeiro discurso perante o Parlamento, após ter sido investido. 
 
"Se o novo Governo escolher comprometer-se de forma substancial e séria para cumprir com as suas obrigações internacionais e encontrar uma solução pacífica para este problema, os Estados Unidos serão um parceiro disponível", indicou a nota informativa da Casa Branca. 
 
Felicitando o povo iraniano "por ter feito ouvir a sua voz", a administração norte-americana "observa que o Presidente Rohani reconheceu que a sua eleição foi um apelo à mudança dos iranianos". 
 
"Esperamos que o novo Governo tenha em consideração a vontade dos eleitores ao fazer escolhas que melhorem a vida dos iranianos", concluiu Washington.