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Mais de 100 jogadoras protestam acordo entre FIFA e petrolífera saudita

21 out, 2024 - 21:35 • Eduardo Soares da Silva

Numa carta aberta assinada por algumas das maiores estrelas da modalidade, as jogadoras apontam a falta de direitos das mulheres e da comunidade LGBTQ+ na Arábia Saudita e o impacto da empresa nas alterações climáticas.

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Mais de 100 jogadoras de futebol assinaram uma carta aberta a protestar o acordo de patrocínio assinado pela FIFA com a empresa petrolífera Aramco, da Arábia Saudita.

Entre as signatárias estão a antiga capitã da seleção america, Becky Sauerbrunn, e a avançada neerlandesa Vivianne Miedema.

O acordo, que inclui o patrocínio no Campeonato do Mundo masculino em 2026 e feminino em 2027, é caracterizado como "pior do que um autogolo". Na carta, são citados a falta de direitos das mulheres e da comunidade LGBTQ+ na Arábia Saudita e o impacto da empresa nas alterações climáticas.

Sauerbrunn é uma das porta-vozes do projeto e afirma que os problemas apontados "precisam ter uma prioridade muito maior para a FIFA do que querer ganhar mais dinheiro”.

As jogadoras pedem que a FIFA substitua o acordo com a Aramco por "patrocinadores alternativos, cujos valores se alinhem com a igualdade de género, os direitos humanos e o futuro seguro do nosso planeta”.

“Como jogadoras, não queremos defender e aceitar estes valores no futebol feminino. É simples: este patrocínio contradiz os próprios compromissos da FIFA com os direitos humanos e o planeta”, disse Miedema, atualmente no Manchester City.

A FIFA assinou, em abril deste ano, um acordo com a empresa estatal saudita e é mais um indício do aprofundar das ligações entre a FIFA e a Arábia Saudita, com o Campeonato do Mundo de futebol masculino marcado para o país em 2034.

Os valores do acordo não foram publicamente anunciados, mas de acordo com a agência "AP", será o mais chorudo contrato de patrocínio alguma vez assinado pela FIFA.

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