Dirigente da fundação Luso-Americana culpa racismo por apagão orçamental

Nos EUA, de nada valeu a reunião de Obama com os líderes Democratas e Republicanos, do Senado. Durante mais de uma hora trocaram-se argumentos, mas o impasse mantém-se.

O apagão orçamental já entrou no terceiro dia e não há acordo à vista. Ou seja, a grande maioria dos serviços públicos continua encerrada porque falta o dinheiro para a gestão corrente, incluindo o pagamento de salários.

Entrevistado pela Renascença, o democrata Charles Buchanan, um dos administradores da Fundação Luso-americana para o Desenvolvimento (FLAD), não tem dúvidas de que o racismo é um dos factores responsáveis por esta crise: “Há uma força contra Obama que não exclui certos aspectos éticos e culturais contra um homem de cor na Casa Branca”.

Buchanan considera que o país não pode aguentar muito mais tempo sem orçamento e não arrisca qualquer previsão, sobre um acordo.

“Ninguém sabe. Estão continuamente a tentar encontrar uma solução. Isto não pode continuar sem graves consequências, no PIB, na recuperação económica e tudo. O panorama é péssimo”, diz.

Sem fim imediato à vista, o dirigente da FLAD diz que o país apenas pode aguentar esta situação durante algumas semanas. “Quando chegamos à renegociação da dívida e os republicanos impedem que Obama consiga aumentar o tecto de endividamento, isto é ainda mais grave porque pode impedir que paguemos aos nossos credores”, avisa.