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Bruxelas admite sanções ao Egipto

21 ago, 2013 - 17:29

Ministros dos Negócios Estrangeiros estiveram reunidos para analisar a situação no país, onde confrontos entre militares e apoiantes do antigo presidente já fizeram pelo menos um milhar de mortos.

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Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia admitem suspender o comércio de armas e equipamentos de segurança com o Egipto, mediante algumas condições.

A decisão foi tomada esta quarta-feira na reunião de emergência dos chefes da diplomacia dos 28, destinada a analisar a situação no Egipto, onde a repressão do regime sobre os manifestantes que apoiam o presidente deposto Mohamed Morsi fez ao longo das últimas semanas perto de um milhar de mortos.

No final do encontro, o ministro dos Negócios Estrangeiros Português, Rui Machete, fez questão de sublinhar que o texto adoptado pelos 28 é equilibrado. “A resposta europeia é manter o papel mediador, através de um texto muito equilibrado, em que procura manter o diálogo com todos os intervenientes. São medidas de suspensão do auxílio europeu se não se cumprirem determinados objectivos”, disse.

Antes ainda de serem conhecidas as conclusões do encontro, o embaixador do Egipto em França alertou que qualquer sanção que venha a ser imposta ao regime do Cairo será encarada como um apoio aos grupos extremistas que, segundo diz, não estão interessados no diálogo.

Os confrontos no país já fizeram cerca de mil mortos desde dia 14 de Agosto, segundo números oficiais e muitos mais, segundo a Irmandade Muçulmana.

O actual clima de tensão no Egipto iniciou-se a 30 de Junho, quando diversos sectores da oposição promoveram grandes protestos exigindo a deposição do presidente islamita Mohamed Morsi, eleito em Junho de 2012 nas primeiras eleições livres no país.

Morsi provinha da Irmandade Muçulmana, que também venceu as legislativas organizadas após o derrube, em Fevereiro de 2011, do regime autocrático de Hosni Mubarak.

A 3 de Julho, o presidente foi deposto e detido pelos militares, tendo sido formado um Governo de transição, entre os protestos das correntes islamitas que exigem o regresso de Morsi ao poder.

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