24 mar, 2022 - 10:17 • Redação
Ada Hegerberg, primeira Bola de Ouro feminina da história (2018), está de regresso às convocatórias da seleção da Noruega, cinco anos depois.
A ponta de lança do Lyon, de 26 anos, tinha abandonado a seleção em 2017, por entender que o futebol feminino não tinha "o respeito que merece" na Noruega - a Federação não apoiava a Liga nem a equipa nacional devidamente e não dava espaço a vozes mais críticas, acusou Hegerberg na altura. Decisão que a levou a falhar o Mundial 2019.
"Eu sei o que quero e sei quais são os meus valores. É fácil tomar decisões difíceis quando sabes quais são as ambições e os valores que defendes. É uma questão de sermos fiéis a nós próprios, de sermos quem somos", afirmou a avançada, no anúncio da decisão de abandonar a seleção.
Cinco anos mais tarde, Ada Hegerberg acredita que houve progresso aceitou regressar à seleção. Foi chamada para os jogos com Kosovo e Polónia, a contar para a fase de qualificação para o Mundial 2023.
Em conferência de imprensa, o selecionador norueguês, Martin Sjogren, não escondeu que "é bom poder voltar a contar" com a principal estrela. Hegerberg mostrou-se "realmente ansiosa" por regressar à seleção:
"Passaram-se cinco anos desde que decidi afastar-me e estou feliz por, todos juntos, termos conseguido chegar a uma boa solução. Quero contribuir ao máximo para o sucesso da equipa, mas também continuarei a lutar pela igualdade, dentro e fora de campo. Quero fazer a minha parte, para que atinjamos os nossos objetivos, e inspirar raparigas e rapazes. Agora, posso, finalmente, voltar a fazê-lo com a bandeira ao peito."
Ada Hegerberg soma seis campeonatos franceses, cinco Taças de França e cinco Liga dos Campeões ao serviço do Lyon. Em 2018, tornou-se a primeira mulher a receber a Bola de Ouro. É a jogadora com mais golos da história na Champions: 56, 15 deles numa só época, um recorde.