Dispersão de manifestantes pró-Morsi no Cairo pode ter feito mais de 200 mortos

A Irmandade Muçulmana anunciou que, pelo menos, 250 pessoas foram mortas e cerca de 2.000 ficaram feridas no Cairo durante uma operação de dispersão dos acampamentos de protesto dos apoiantes do Presidente islamita deposto.

O balanço foi feito pelo porta-voz da Irmandade Muçulmana, Gehad al-Haddad, no Twitter. 

Estes números não foram confirmados por fonte independente. Um jornalista da agência noticiosa francesa AFP, perto do acampamento em Rabaa al-Adawiya, afirmou ter contado pelo menos 47 mortos.

O balanço oficial da operação policial para desmantelar os dois maiores acampamentos de apoiantes de Mohamed Morsi, no Cairo, é de seis mortos e 26 feridos, disse esta quarta-feira o Ministério da Saúde egípcio.

As forças de segurança egípcias avançaram esta manhã contra as duas praças que os apoiantes do Presidente deposto ocupavam há mais de um mês no Cairo. As primeiras informações davam conta de pelo menos 43 mortos.

A televisão estatal avança que pelo menos 35 pessoas foram detidas.

O governo ordenou, durante a manhã, a suspensão a circulação de comboios para impedir manifestações nos arredores da capital. A decisão foi tomada depois da Irmandade Muçulmana ter lançado um apelo aos egípcios para que respondam à ofensiva com novas manifestações.