04 nov, 2015 - 16:13
O advogado de Karim Benzema garantiu, esta quarta-feira, que o avançado francês "não tem nada a ver" com a presumível chantagem ao seu companheiro de selecção Mathieu Valbuena.
"Compareceu para responder naturalmente às perguntas" dos investigadores, salientou o causídico Sylvain Cormier, sem dar detalhes do interrogatório a que o avançado do Real Madrid se encontra a responder desde manhã.
O representante legal do jogador do Real Madrid assegura que Benzema está inclusivamente "feliz" por poder "acabar com esta penosa polémica", "tranquilo" e que "não tem nada a ver com o assunto", revelando que foi o próprio jogador a pedir-lhe que contactasse o instrutor do caso para ser ouvido.
O representante do futebolista ainda não sabe, contudo, quanto tempo durará a detenção, que poderá ir até 48 horas.
Conheça o caso
A investigação em curso diz respeito a um vídeo de cariz sexual em que aparecerá Valbuena e que terá servido para chantagear o jogador.
De acordo com uma fonte ligada à investigação, Benzema terá falado desse mesmo vídeo a Valbuena a 5 de Outubro, quando os dois se encontravam no estágio da selecção gaulesa visando aos jogos com Arménia e Dinamarca.
As três pessoas já detidas terão contactado alguém próximo de Benzema, com o objectivo de o levarem a falar com Valbuena e o que a polícia pretende averiguar é se o jogador 'merengue' foi um cúmplice na chantagem ou um amigo.
"Era um simples conselho de amigo para o livrar desta história ou estava a fazer pressão para que ele [Valbuena] pagasse?", disse a fonte ligada à investigação do caso que se arrasta desde junho.
Após o Verão, os infractores, na chantagem, decidiram contactar alguém próximo de Benzema, um homem residente em Lyon, que as autoridades já conheciam, e que, entretanto, foi detido na segunda-feira.
A audição ao avançado do Real Madrid tem como objectivo esclarecer a razão da conversa que teve com Valbuena, enquanto os três chantagistas, dois de Marselha e um de Val d'Oise, estão detidos desde meados de Outubro, por "chantagem e participação em associação criminosa".