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​Duarte Gomes e o PSG-Basaksehir: “Se for verdade, é gravíssimo e a UEFA será implacável”

09 dez, 2020 - 13:48 • Pedro Castro Alves

Ex-árbitro internacional fala de um “momento menos bom para o futebol” no incidentre racista do jogo PSG-Basaksehir, mas é ainda “tudo muito prematuro”.

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O antigo árbitro Duarte Gomes avisa que é ainda “prematuro” tirar conclusões sobre os incidentes no jogo entre Paris Saint-Germain e Basaksehir e que a situação “tem de ser bem esclarecida”, mas a UEFA “já saberá o que foi dito”.

Em entrevista a Bola Branca, o ex-árbitro apelida o alegado comportamento discriminatório de “muito preocupante e muito triste”, principalmente quando vem “do único elemento do qual nunca poderia vir, que é um elemento da equipa de arbitragem” que deveria ser uma figura de “isenção e de imparcialidade”.

Duarte Gomes diz que é especialmente preocupante que ocorra num jogo “tão importante e mediático”, acrescentando que se for verdade que o quarto árbitro romeno se expressou nesse sentido “é gravíssimo” e a UEFA será “completamente implacável”.

À Renascença, o ex-árbitro de 47 anos lembra que “neste nível todas as comunicações entre árbitros são gravadas”, como tal não se trata de uma situação de “palavra contra palavra” e a UEFA “já saberá o que foi dito”, por isso “não demorará muito tempo até que saibamos também”.

O incidente ocorreu aos 14 minutos do jogo, quando o quarto árbitro, o romeno Sebastian Costantin Coltescu, deu sinal ao árbitro principal, o seu compatriota Ovidiu Hategan, para expulsar o treinador adjunto do Basaksehir Pierre Webo, tendo este se queixado que o elemento da equipa de arbitragem utilizou a expressão 'negro', recusando-se a sair do campo e questionando: "Where is the 'negro'? (Onde está o 'negro')."

Após vários minutos, o 'staff' da equipa turca e os jogadores, seguidos pelos do PSG, decidiram abandonar o relvado, numa altura em que o jogo estava empatado 0-0.

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