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Presidente da República

Marcelo quer ver a seleção feminina na final do Mundial

24 fev, 2023 - 14:15 • Redação

O Presidente da República, que admite "grande alegria" pelo apuramento histórico, quer ganhar às vice-campeãs do mundo, às vigentes bicampeãs e a todas as que se sigam: "Temos de sonhar com chegar o mais longe e o mais longe é a final."

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Marcelo Rebelo de Sousa quer a final do Mundial feminino. Na receção à seleção nacional, esta sexta-feira, após o apuramento inédito para a fase final, o Presidente da República pede que se sonhe muito alto.

O Presidente refere que já esteve a consultar o calendário e a "preparar psicologicamente para aquilo que vai o trabalho de milhões de portugueses". Nesse sentido, define um objetivo imediato, para o primeiro jogo da fase de grupos: "Temos de ganhar à Holanda!"

Os Países Baixos foram campeões da Europa em 2017 e são os atuais vice-campeões do mundo, mas isso não detém Marcelo, que também pretende derrotar o Vietname. "Deve ser mais fácil, mas nunca se sabe, nunca se sabe", reconhece o chefe de Estado.

"Depois, vêm os Estados Unidos da América. Também nunca se sabe, porque eles têm evoluído muito", assinala, sobre as atuais bicampeãs do mundo, que já venceram quatro Mundiais. "E depois continuamos, não vamos parar, quer dizer, começa em julho, mas continua", acrescenta.

Marcelo admite que o Mundial "obrigará a reprogramar a vida de milhões de portugueses que vão ter de passar as noites a ver futebol". Inclui-se nesse lote e garante que estará no primeiro jogo, frente às holandesas. E depois, "como vão avançando, avançando, dará para ter vários compromissos pelo meio e culminar na final".

"A ambição tem de ser essa. Foi assim que lá chegaram. Sonharam que era possível chegar e chegaram. Agora temos de sonhar com chegar o mais longe e o mais longe é a final", declara o Presidente da República.

Independentemente de ambiciosos objetivos por si traçados serem alcançados, Marcelo destaca o "passo prestigiantíssimo para Portugal" que a seleção deu ao apurar-se para o Mundial, pela primeira vez na sua história: "É uma grande alegria."

"É uma honra para Portugal. Este é um passo inédito, é um passo histórico, não é apenas no futebol feminino, é no papel da mulher na sociedade portuguesa. Esse é o ponto fundamental", assinala.

Marcelo lembra que, quando era jovem, a mulher "não podia, nas coisas básicas, ter atividade que tinham os homens". E falar em futebol feminino, naquela altura, "era falar em ficção".

"Eu sou muito mais velho que vocês. Eu sou do tempo em que a mulher não podia ser diplomata, não podia ser polícia, não podia ser militar, não podia ser juiz. Em que a discriminação não era só como ainda hoje, infelizmente, muitas vezes existe - no salário, nas condições de vida - e temos vindo a superar e a melhorar", salienta.

Para o chefe de Estado, a seleção feminina está a mudar a história do futebol e da sociedade, mostrando às demais áreas que não há impossíveis para as mulheres:

"Isto é uma grande vitória dos portugueses, mas sobretudo das portuguesas. Elas já são a maioria do povo português. Hoje revêem-se em vocês, naquilo que poderiam e gostariam de ter feito, naquilo que sonham para as filhas, para as netas e para as bisnetas. No futebol, como noutros domínios da vida, ir às fases finais de todos os campeonatos do mundo. No futebol, na cultura, nas artes, na economia, no trabalho, em tudo, em tudo. Muito obrigado por esta alegria."

"É excecional. A sociedade portuguesa mudou, está a mudar e um dos aspetos fundamentais é mudar através do papel da mulher. Ainda não mudou tudo, porque se tivesse mudado tudo quem estava agora aqui a falar era uma mulher. Havemos de chegar lá, ter uma Presidenta da República mulher", completa o Presidente da República.

Portugal está inserido no grupo E do Mundial 2023, juntamente com Estados Unidos, Países Baixos e Vietname. A fase final realiza-se entre 20 de julho e 20 de agosto, na Austrália e na Nova Zelândia.

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