Roberto Martínez é o terceiro estrangeiro a treinar Portugal

Roberto Martínez prepara-se para ser o novo selecionador nacional. O treinador espanhol é apenas o terceiro estrangeiro a orientar a seleção portuguesa.

Os dois foram primeiros Otto Glória, em duas ocasiões - 1964 a 1966 e 1982 a 1983 -, e Luiz Felipe Scolari, o segundo selecionador português com mais jogos, que treinou a equipa das quinas entre 2003 e 2008.

Roberto Martínez herda um legado pesado: tanto Glória como Scolari chegaram às meias-finais do Campeonato do Mundo (1966 e 2006, respetivamente). São os dois melhores resultados da história da seleção nacional em Mundiais.

Felipão tem mais um crachá: levou Portugal à final do Euro 2004, em casa.

Melhor que isso, em todas as provas, só a conquista do Euro 2016, o primeiro título de sempre de Portugal, com Fernando Santos ao leme. O Engenheiro também levantou o troféu da primeira edição da Liga das Nações, em 2019.

Roberto Martínez, de 49 anos, não tem títulos por seleções, mas igualou Otto Glória e Luiz Felipe Scolari - chegou às meias-finais do Mundial 2018, com a "geração de ouro" da seleção da Bélgica, e conquistou a medalha de bronze.

Em Europeus, o melhor registo são os quartos de final em 2020. Eliminou Portugal nos "oitavos", contudo, caiu depois aos pés da Itália, que se sagraria campeã.

O primeiro objetivo de Roberto Martínez ao comando da seleção nacional será o apuramento para o Euro 2024. Depois disso, Portugal tentará recuperar o título perdido em 2021 (o Euro 2020 foi atrasado um ano devido à pandemia da covid-19).

À exceção de Carlos Queiroz, os selecionadores costumam fazer ciclos Europeu-Mundial. Caso a tradição se mantenha, o treinador espanhol terá a oportunidade de orientar a equipa das quinas no Mundial 2026 - um último dígito auspicioso para Portugal, que teve os melhores resultados em 1966 e 2006.