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ONU exige à Síria que destrua armas químicas

28 set, 2013 - 01:45

Votação não deixou dúvidas. Resolução foi aprovada pelos 15 países do conselho de segurança.

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Foi unânime a votação desta madrugada do Conselho de Segurança das Nações Unidas relativamente à resolução que prevê a erradicação das armas químicas na Síria. A resolução agora aprovada não prevê, no entanto, qualquer punição ao regime de Bashar al-Assad.

Chegam assim ao fim várias semanas de intensa diplomacia, especialmente entre a Rússia e os Estados Unidos.

A tomada de posição na ONU surge após o ataque de Agosto passado, um ataque com gás sarin nos arredores de Damasco que matou 1400 pessoas, incluindo centenas de pessoas.

No final desta votação, o secretário-geral das Nações Unidas congratulava-se com a decisão: "É uma resolução histórica. É o primeiro raio de esperança na Síria desde há muito tempo. Durante muitos meses sublinhei que o uso de armas químicas na Síria requeria uma resposta unânime. Esta noite a comunidade internacional conseguiu essa decisão unânime. Estou especialmente agradecido pelos esforços feitos pelo ministro dos negócios estrangeiros da Rússia e o secretário de Estado norte-americano John Kerry. Houve armas químicas que foram usadas na Síria. Os responsáveis por este crime têm de ser levados à justiça”, disse Ban Ki-moon.

Os técnicos da ONU regressam já ao país na próxima terça-feira para garantirem a entrega e destruição das armas químicas.

"O sucesso desta missão dependerá também da capacidade do Governo sírio cumprir as suas obrigações a tempo e sem demoras. Isto inclui garantir a segurança dos elementos da ONU e da organização de proibição de armas químicas. A cooperação das forças da oposição síria também será importante", acrescentou o secretário-geral.

Já Bashar Jaafari, embaixador da Síria nas Nações Unidas, considera que a resolução aprovada cobre a maioria das preocupações sírias e garante que o país está empenhado no seu cumprimento.

O responsável sírio acrescenta que espera que os países que têm apoiado os “rebeldes” (segundo Damasco, a Turquia, a Arábia Saudita, o Qatar, a França e os Estados Unidos), também cumpram o que está determinado.

O conflito na Síria já fez mais de 100 mil mortos e para cima de dois milhões de deslocados em mais de dois anos de guerra civil. A oposição, composta por grupos pró-democracia e por facções islamitas fundamentalistas, procura destituir o regime de Bashar al-Assad.

[notícia actualizada às 02h40]

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