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AG do Benfica

Rui Costa admite voto físico já nas eleições de 9 de outubro

18 set, 2021 - 09:06 • Redação

Numa AG onde se assistiu a forte contestação à direção presidida por Rui Costa o ex-jogador admitiu que é preciso mais transparência e união no clube.

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Os sócios do Sport Lisboa e Benfica aprovaram, na noite de sexta-feira, a criação de uma comissão independente para auditar a forma como decorreu o ato eleitoral de 2020, e viram ainda Rui Costa a assumir a possibilidade do voto físico, outra das medidas reclamadas pela oposição a Luís Filipe Vieira, nas eleições do ano passado.

A Assembleia Geral Extraordinária do Benfica chegou a aquecer e prolongou-se pela noite fora, com momentos de contestação à direção presidida por Rui Costa.

Esta AG teve um parto difícil, tendo sido pedida já antes do verão por um grupo de sócios que conseguiu as assinaturas necessárias para o fazer. A falta de vontade demonstrada pela direção, ainda presidida por Luís Filipe Vieira, levou à demissão do então presidente da Mesa da Assembleia Geral, Rui Pereira, em junho.

O ato foi finalmente convocado para sexta-feira, e não para um sábado como constava do pedido, e com a ordem de trabalhos truncada, uma vez que os sócios queriam também ver discutido o regulamento eleitoral. Contudo, durante a noite o presidente da mesa da AG, António Pires de Andrade, sugeriu uma reunião para segunda-feira, entre o movimento Servir o Benfica e a direção, para conciliar posições sobre o regulamento eleitoral, uma vez que são estes os dois organismos que propõem alterações.

Rui Costa discursou no final da AG e reagiu às muitas críticas de que foi alvo, incluindo a de Francisco Benitez, do movimento Servir o Benfica, que o apelidou de “príncipe herdeiro” de Luís Filipe Vieira.

“Nunca quis ser príncipe herdeiro de nada, estou aqui porque sou Benfica, sou muito Benfica. Podem pôr em causa muita coisa sobre mim, incluindo a minha capacidade, mas não a minha honra ou o meu benfiquismo”, afirmou.

Rui Costa admitiu ainda que é preciso “toda a transparência possível” e que para que “o clube se volte a unir e uma noite como esta não se volte a repetir, há muita coisa a mudar.”

Como exemplo desse desejo de transparência, o presidente deixou à mesa da AG, que é quem tem o poder de tomar essa decisão, o apelo a que as eleições de 9 de outubro sejam feitas com voto físico. “Ninguém aqui nesta sala quer um Benfica mais transparente do que eu”, afirma.

Ainda durante a madrugada o site do clube publicou um comunicado em que esclarece que o voto será mesmo físico, pelo menos em Portugal continental. "Na sequência da Assembleia Geral Extraordinária realizada no dia 17 de setembro, a Mesa da Assembleia Geral aditará nos termos estatutários a convocatória divulgada hoje nos meios de Comunicação Social, designadamente, para promover o ato eleitoral através de voto físico em urna em Portugal continental."

[Notícia atualizada às 11h37]

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