O movimento "Dar Futuro ao Sporting" anunciou, esta quinta-feira, que já há data marcada para a entrega da documentação necessária para a realização de uma assembleia geral com vista à destituição dos orgãos sociais do clube. A entrega das assinaturas recolhidas para o efeito será feita a 7 de janeiro de 2020 ao presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) do Sporting, Rogério Alves.

António Delgado, o principal rosto da iniciativa, referiu, em declarações a Bola Branca, que o que move este grupo de sócios "não são os atuais resultados desportivos, apesar de estes serem desastrosos", mas a "incompetência total e atroz" da atual direção. Questionado sobre a aprovação que outros sócios e adeptos leoninos têm manifestado em relação à intenção do movimento, Delgado sublinhou que tem sentido que esta é uma vontade da maioria.

"Sentimos o apoio das pessoas. Quem surge contra nós é uma minoria que praticamente não se ouve", sustentou o mentor da iniciativa.

Rogério Alves referiu, no entanto, a 13 de novembro, em declarações à Sporting TV, que as assinaturas podem não ser suficientes para ser marcada a assembleia-geral e que a sua aprovação depende da aceitação da MAG dos argumentos da justa-causa.

Sobre a atualidade desportiva do clube, António Delgado deixou duras críticas à estrutura para o futebol dos leões, com a mira apontada, sobretudo, a Beto e a Hugo Viana, realçando que "falta voz de comando" na mesma e que a repetição do comportamento excessivo de Acuña é reflexo disso.

"Já não é a primeira vez que ele reage dessa forma, mas é algo que mostra o quão à deriva está aquele balneário", salientou este sócio, antes de acrescentar que o Sporting está a colocar as responsabilidades todas em Bruno Fernandes. António Delgado foi mais longe e afirmou ainda que a estrela dos leões faz "um pouco de tudo", enquanto que "o resto não faz nada".

"Parece que o Bruno Fernandes é pai, dirigente, treinador e capitão", vincou.