Telma Monteiro considera que o governo teve dificuldade em gerir o desporto e as necessidades do setor em plena pandemia. Em declarações no programa "As Três da Manhã", a judoca reconhece que o executivo não soube gerir a prática do desporto durante a pandemia.

"Para o governo foi difícil de gerir a parte do desporto, por causa do contato físico que temos. A Federação esteve em contacto com o governo e todos os estágios, incluíndo com a seleção do Brasil, foram autorizados pelo governo, houve algum apoio. Mas de um modo geral, foi difícil para o governo gerir, mas é compreensível ter atletas a treinar e gerir uma pandemia", explica.

Telma Monteiro aponta aponta todas as baterias aos Jogos Olímpicos de Tóquio e a um ano repleto de provas.

"Os Jogos são a competição mais importante do ano, mas foi acrescentado um Campeonato do Mundo, o da Europa vai ser em Lisboa em Abril e temos um Masters já em janeiro. O objetivo é consolidar o 'ranking' olímpico. Sou cabeça de série, das oito primeiras, que me permite saber, mais ou menos, com quem vou disputar os Jogos Olímpicos e preparar-me de forma mais específica, e ganhar ritmo para os Jogos", aponta.

Depois de vários meses sem competição, Telma Monteiro venceu em Praga a 14ª medalha em outros tantos Europeus de judo. Aos 35 anos, Telma garante não ter certezas sobre o fim da carreira.

"Não sei até quando vou competir. O corpo tem um prazo, como é óbvio. Sou uma pessoa muito realizada em tudo o que já conquistei. Em termos profissionais, quando deixar o judo sei que já fiz o mais importante que foi estudar e preparar-me. Devo ficar na área do desporto, mas sei que estou preparada para essa fase", termina.