João Rodrigues, presidente do SC Farense, mostra-se “perplexo” com o novo adiamento do Varzim-Farense, quando a equipa algarvia já se encontrava no estádio dos poveiros.

Originalmente marcado para o dia 28 de dezembro, o encontro foi adiado para esta quarta-feira por surto de Covid-19 no plantel do Varzim. Entretanto, a equipa poveira já havia defrontado o Mafra, no passado domingo, mas volta a falhar o jogo com o Farense, depois do delegado de saúde decretar novo isolamento profilático da equipa.

Em declarações a Bola Branca, o presidente do clube algarvio considera que este é “um dia muito negativo para o futebol português”, lamentando que os sócios e simpatizantes tenham feito a viagem de mais de mil quilómetros, num dia de trabalho, sem poder ver a equipa jogar.

“Temos sido sempre muito compreensivos”, refere, mas “obviamente estamos perplexos por um clube que teve tantos casos há duas semanas e que fez um jogo com o Mafra agora não poder jogar novamente. Não viemos cá fazer nada, a não ser gastar muito dinheiro”.

O último jogo do Farense foi no dia 18 de dezembro, com o Chaves. A equipa está por isso sem competir há quase um mês, algo que “vai ter um impacto negativo”. João Rodrigues acredita estar a ser “penalizado por ter fair-play”, ao facilitar a “possibilidade de adiar jogos”.

“Vai-nos criar um problema de atrofiamento de datas, em que teremos de fazer vários jogos e acumular viagens”, explica, em entrevista à Renascença.

O Farense é atual 16.º classificado da II Liga. O Varzim é último.