Jorge Jesus desmente que tenha sido abordado para orientar a seleção brasileira. No entanto, admite que gostaria de receber tal convite.

Segundo o jornal "Record", a Confederação Brasileira enviou um emissário a Lisboa para conversar com Jesus sobre a possibilidade de assumir a seleção brasileira no final da temporada. Em declarações aos jornalistas, esta segunda-feira, o treinador português negou quaisquer sondagens e garantiu que só tomará uma decisão sobre o futuro no final da época, quando terminar contrato com o Fenerbahçe.

"Ninguém falou comigo. Toda a gente sabe que o meu contrato acaba em maio. Depois, vamos ver o que vai acontecer. Só tomo uma atitude no final da época, os anos que tenho como treinador é assim que eu faço. Não quer estar a tomar decisões já. Portanto, logo se vê o que vai acontecer", sublinhou o técnico, à partida para a Turquia.

Apesar de não planear tomar já uma decisão sobre o futuro, Jorge Jesus reconheceu que o cargo de selecionador brasileiro é tentador.

"Mas quem é que não gostava de treinar a seleção do Brasil? Alguém? Não sei se há algum treinador que não gostasse. Só se estivesse a treinar o Real Madrid ou o Barcelona. Tudo é hipótese na minha da carreira, portanto não ponho nada de parte", assegurou o treinador, de 66 anos.

Antes de Jesus, há Ancelotti


Jorge Jesus foi várias vezes associado ao cargo de selecionador quando esteve no Brasil, onde deixou excelente impressão durante a temporada e meia que orientou o Flamengo. Conquistou uma Libertadores, um campeonato, uma Supertaça e uma Recopa Sul-Americana.

O português termina contrato com o Fenerbahçe no fim da época. Levou o clube turco aos oitavos de final da Liga Europa, no entanto, está no segundo lugar do campeonato, a seis pontos do Galatasaray.

O favorito a assumir a seleção brasileira continua a ser Carlo Ancelotti. Em entrevista à Reuters, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, assumiu que o objetivo é contratar o treinador do Real Madrid.

"Ancelotti não é apenas o favorito dos jogadores, mas também dos adeptos. Em todos os lugares que vou no Brasil, em todos os estádios, ele é o primeiro nome que os torcedores me perguntam", referiu.

O técnico italiano tem contrato com o Real Madrid até junho de 2024, isto é, até ao final da próxima temporada. Para suceder a Tite na seleção brasileira, teria de deixar Espanha antes do final do vínculo.