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Trinta anos depois, Portugal lança o seu segundo satélite

04 mar, 2024 - 06:33 • Lusa

O "Aeros" ficará na órbita da Terra a 510 quilómetros de altitude, ligeiramente acima da Estação Espacial Internacional.

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Trinta anos depois, Portugal lança esta segunda-feira o seu segundo satélite para o espaço, o "Aeros", que vai observar os oceanos desde a "vizinhança" da Estação Espacial Internacional, a "casa" e laboratório dos astronautas.

O "Aeros", um nanossatélite de 4,5 quilos, seguirá a bordo de um foguetão Falcon 9, que descolará da base da empresa SpaceX de Vandenberg, nos Estados Unidos, às 21h18 (hora de Portugal continental).

O engenho, concebido e operado por um consórcio nacional de várias empresas e instituições académicas, é lançado 30 anos depois do "PoSat-1", o primeiro satélite português, um microssatélite de 50 quilos que entrou na órbita terrestre em setembro de 1993, mas desativado ao fim de uma década.

O "Aeros" ficará na órbita da Terra a 510 quilómetros de altitude, ligeiramente acima da Estação Espacial Internacional.

As comunicações e a recolha de dados e imagens serão feitas a partir do teleporto de Santa Maria, nos Açores, mantido pela Thales Edisoft Portugal, empresa que lidera o consórcio nacional.

O centro de engenharia CEiiA, em Matosinhos, um dos parceiros e que construiu o nanossatélite, irá processar os dados e as imagens para efeitos de estudos científicos.

As universidades do Algarve, Porto e Minho, o Instituto Superior Técnico e o Imar - Instituto do Mar, entre outros, dão o suporte científico à missão, à qual se associou também o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla inglesa), nos Estados Unidos, através do programa de cooperação MIT-Portugal.

O "Aeros", que começou a ser trabalhado em 2020, representa um investimento de 2,78 milhões de euros, cofinanciado em 1,88 milhões de euros pelo Feder -- Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

O lançamento do nanossatélite poderá ser acompanhado em Portugal, num evento no CEiiA, em Matosinhos.

Comentários
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  • Raul Silva
    04 mar, 2024 Agualva-Cacém 23:46
    O sucesso teria sido maior se António Costa também tivesse seguido para o espaço.
  • Catarina Pires
    04 mar, 2024 Alpiarça 22:15
    Quem deu o nome a isto não tem alergias, caso contrário saberia que isto é (quase) nome de anti-histamínico. Um satélite com nome de comprimido.

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