Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

APIFARMA

Despesa com fármacos no SNS? "Investimento tem vindo a perder peso ao longo dos anos"

27 set, 2023 - 12:02 • Diogo Camilo

Associação da Indústria Farmacêutica esclarece que a despesa em medicamentos nos primeiros seis meses do ano aumentou, mas ficou abaixo do crescimento da riqueza dos portugueses.

A+ / A-

A Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA) veio esta quarta-feira esclarecer o aumento da despesa do Estado com medicamentos no ano passado, indicando que o investimento do SNS cresceu abaixo da riqueza per capita em 2022 e que “tem vindo a perder peso ao longo dos anos”.

Em resposta a dados do Infarmed divulgados esta terça-feira, que apontam que hospitais gastaram nos primeiros seis meses deste ano 993 milhões de euros em fármacos e as farmácias 790 milhões, a associação indica que o aumento do investimento do SNS em 2022 e no início de 2023 ficou abaixo do “crescimento do PIB nominal”.

“No primeiro semestre de 2023, o investimento do SNS com medicamentos aumentou 8,2% (hospitais e farmácias comunitárias), comparativamente com um crescimento de 10,9% do PIB nominal”, refere em comunicado.

A APIFARMA ressalva ainda que os valores “não refletem a totalidade das devoluções feitas” pela indústria ao Estado e que o investimento “tem vindo a perder peso ao longo dos anos”.

A associação indica que, em 2022, o setor representava 19,9% da despesa em saúde, quando em 2010 este valor era de 21,2%, e aponta ainda que o ano passado e o presente têm sido marcados por uma “recuperação da atividade assistencial” do SNS que tinha sido suspensa durante a pandemia.

No ano passado, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, considerou “insustentável” para a despesa pública um aumento de 10% dos gastos em medicamentos no SNS.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+