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Roger Schmidt, uma agradável surpresa

30 mai, 2023 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Roger Schmidt chegou ao Benfica vai para um ano.

Já pouco habituados a treinadores estrangeiros no futebol português, ao contrário de largos anos no passado, tivemos, nesta temporada, uma agradável surpresa.

Roger Schmidt chegou ao Benfica vai para um ano, perante o olhar desconfiado de muitos, inclusive sócios e adeptos do clube encarnado.

A sua carreira como profissional não inspirava a possibilidade de concretizar grandes sonhos, dado ter apenas no seu currículo um título conseguido na Áustria, ao serviço do Salzburgo, num campeonato quase suburbano, a que a Europa não presta, por norma, grande atenção.

Os seus primeiros meses em Portugal, marcados pela utilização sistemática dos mesmos jogadores, continuaram a não despertar grande entusiasmo, mesmo mantendo o Benfica a liderança do campeonato, a que acrescentava boa participação nas competições europeias.

No entanto, à medida que os meses iam avançando Schmidt começava a conquistar simpatias no seio da sua família desportiva, só atenuadas após aquele período funesto em que a equipa encarnada passou por enormes dificuldades, com quatro jogos consecutivos sem conseguir vencer.

Só que, ultrapassados esses momentos de mau augúrio, o Benfica arrancou para um tempo de sucesso total juntando boas exibições a resultados positivos.

E aí assenta grande parte do mérito do treinador alemão, um dos grandes obreiros do 38º campeonato, juntando-se-lhe Rui Costa, a quem o clube fica a dever igualmente a conquista que agora festeja.

Roger Schmidt concedeu no domingo à tarde uma longa e agradável conferência de imprensa, em que dissecou todos os aspectos que considerou importantes nesta sua passagem pelo futebol português.

Falou da noite fantástica que viveu no passado sábado, depois de uma época que considerou difícil, abordou a próxima época, e não deixou de passar em revista diversos jogadores, com possíveis saídas de alguns dos mais importantes, citou a sua família e a importância que teve no seu trabalho, fazendo também uma referência à boa comida portuguesa e a forma como rapidamente se adaptou à mesma.

Agora, apenas ficamos todos à espera de que o técnico alemão envide esforços no sentido de, o mais rapidamente possível, começar a exprimir-se na língua do país que o acolheu, o trata bem, e lhe garante um generoso sustento.

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