13 jan, 2023
Manuel Fernandes, antigo jogador do Sporting, assinava ontem um interessante artigo no jornal A Bola, no qual evocava a história de alguns dos derbys lisboetas em que tomou parte, quase sempre com um brilho muito intenso e com muitos golos marcados.
O Benfica-Sporting do próximo domingo é chamado, com inteira propriedade, pelo atleta oriundo de Sarilhos Pequenos como o jogo de Portugal, acrescentando que se trata do momento que coloca atentas mais cabeças e mexe com muitas emoções no país inteiro e em qualquer canto do mundo onde palpite um coração português.
E, de facto, assim é.
Nada importa o estado em que se encontra momentaneamente cada uma das equipas, nem sequer a situação que esteja a atravessar do ponto de vista classificativo. Temos disso exemplos às mãos cheias quanto à validade deste princípio. E nem sequer é necessário puxar muito pela memória.
O derby que temos pela frente a poucas horas de distância, não pode, por isso, escapar a esta regra.
De cada vez que têm de estar frente a frente, águias e leões atiram para o caixote do lixo as suas preocupações e receios, e entram sempre em campo como se de uma final se trate ou a disputa de um título esteja em causa.
Para muitos, convirá ter em conta que o Sporting está mergulhado numa das suas piores fases dos últimos tempos, enquanto outros não deixarão de recordar que o Benfica perdeu algum fulgor depois da pesada derrota sofrida com o Sporting de Braga, com o qual terá de voltar a jogar a breve trecho e no mesmo local, então em jogo a eliminar a contar para a Taça de Portugal.
Outra verdade aponta para a situação actual das duas equipas: enquanto os benfiquistas caminham com alguma segurança rumo à conquista do título que lhe escapa há três anos, os sportinguistas estão já afastados da possibilidade de aceder a esse mesmo título e, pior ainda, perante o risco de difícil qualificação para as competições europeias da próxima temporada.