30 nov, 2022
O debate sobre o primeiro golo de Portugal frente à seleção do Uruguai correu mundo e instalou-se também em Portugal. Naturalmente. É que sempre que Cristiano Ronaldo sobe a primeiro plano, os sinos badalam em todo o lado, atingindo por vezes barulho ensurdecedor.
Foi que aconteceu no segundo desafio da nossa equipa na fase grupos deste Mundial: Bruno Fernandes saca de um cruzamento perfeito, Cristiano Ronaldo tenta confirmar o lance que já parecia traduzir-se em golo, o guarda-redes uruguaio deixa-se enganar pelo gesto de CR7, e a bola instala-se no fundo da baliza, colocando o país em delírio, e a nossa seleção à porta de entrada dos oitavos-de-final.
Foi quanto bastou para que a discussão atingisse foros de uma dimensão incompreensível.
Até a circunspecta FIFA, que sobre direitos humanos não tem opinião, se apressou a comunicar ao globo, que iria estudar o assunto e dar uma resposta em curto espaço de tempo.
E foi o que aconteceu. Logo pela manhã surgia a notícia de que o golo inaugural de Portugal era pertença de Bruno Fernandes, tendo assim Ronaldo que esperar para bater o record de Eusébio, ainda e vigor, e sabe-se lá por mais quanto tempo. Trata-se poder vir a ser também o melhor marcador de uma fase final de Campeonato, mais uma proeza que o nosso madeirense persegue.
Colocando de lado uma questão tão insignificante, eis-nos já apurados para a fase seguinte do campeonato do Mundo, estando ainda por saber se na condição de lideres do Grupo H,a que pertencemos ou, se, em segundo lugar frente ao adversário, aquilo que menos se deseja nesta altura.
Tendo obtido duas vitórias em outros tantos jogos disputados, Portugal foi um vencedor justo, ainda que essa proeza não tenha sido alcançada através de outras tantas exibições de muita qualidade. Ainda assim, a nossa seleção deixou em campo a sua marca, e a garantia de que todos podemos contar com a sua entrega nos compromissos que se seguirão.
Vale a pena esperar, confiantes, pela próxima sexta-feira.