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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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A sempre desejada final

28 jan, 2022 • Opinião de Ribeiro Cristovão


O futebol português precisa do Sporting e do Benfica para assim reforçar a sua cotação internacional, mas capazes de assumir um protagonismo diferente, para melhor, daquele que vêm exibindo desde o começo do novo ano

Jamais outro clássico é tão entusiasmante quanto um Sporting-Benfica ou Benfica-Sporting. Trata-se de uma rivalidade ancestral, desenvolvida ao longo de muitas décadas, e interpretada por nomes inesquecíveis.

Por alturas como esta é normal olharmos para as estatísticas e tentar encontrar nelas a realização dos justificados desejos de cada um. Mas isso, sabemos todos, é sempre um sonho impossível e daí a tentação de amiúde partir ao meio os prognósticos que saltam de todos os lados.

Amanhã, vamos ter mais um desses embates enormes, em uma final da Taça da Liga. Curiosamente, apenas em 2009, portanto há 13 anos, águias e leões interpretaram idêntico momento, quando então o Benfica arrebatou o troféu, após um jogo desnecessariamente polémico se o árbitro não tivesse visto aquilo que mais ninguém lobrigou, nem no Estádio do Algarve nem através dos écrans televisivos, ou seja, uma grande penalidade a favor dos encarnados, que haveria de ditar o vencedor do encontro e do troféu.

Amanhã, as circunstâncias são diferentes em muitos aspectos: os jogadores já não os mesmos, o momento de ambas as equipas também não tem comparação. O histórico recente diz-nos que nem Benfica nem Sporting estão no auge da sua forma.

As exibições e os resultados dos tempos mais recentes deixaram muito desejar, o que transporta para o jogo de amanhã um grau ainda mais elevado da curiosidade e responsabilidade global.

Antes de tudo, pede-se um jogo com a qualidade que está ao alcance das duas equipas, para evitar que esta final venha a ser atirada para o baú das fracas memórias.

Além disso, parece estar a tornar-se consensual a ideia segundo a qual quem vencer em Leiria poderá encontrar aí o momento da sua ressurreição.

O futebol português precisa do Sporting e do Benfica para assim reforçar a sua cotação internacional, mas capazes de assumir um protagonismo diferente, para melhor, daquele que vêm exibindo desde o começo do novo ano

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