10 jan, 2022
A discussão à volta de alguns casos registados em jogos, sobretudo relacionados com os clubes grandes, havia sido pautada nos últimos tempos por uma louvável serenidade, da qual o jogo beneficia sempre em toda a sua vasta dimensão.
Os casos existem e existirão sempre, mas porque no tempo presente é possível conjugar o trabalho de diversos agentes, tanto nos estádios como nos reservados gabinetes da cidade do futebol, de que tem beneficiado globalmente o futebol, mesmo que sejam inevitáveis os erros a que muitas vezes assistimos em diversos desafios.
Porém, no fim-de-semana por que acabámos de passar, algumas atuações de juízes de campo e seus auxiliares já foram e continuarão a ser motivo de forte debate e de algumas considerações contraditórias a que foi possível assistir.
Nos jogos dos três grandes, por exemplo, assistimos à aplicação de critérios diferentes para infrações muito semelhantes.
Foram os casos de Daniel Bragança, no jogo do Sporting nos Açores, de Ottamendi, na Luz onde o Benfica defrontou o Paços de Ferreira, e aí também a expulsão de Denilsson, e no campo António Coimbra da Mota, onde o Estoril Praia foi anfitrião do Futebol Clube do Porto.
Nos três primeiros casos a estranha aplicação da justiça máxima para com os jogadores do Sporting e da equipa pacense, contrastou visivelmente com a decisão tomada sobre a forma como o defesa central argentino do Benfica atuou num lance no qual a sua entrada foi bem mais do que vigorosa.
O tema vai certamente continuar a ser assunto no decorrer dos próximos dias.
Mas, sobretudo, deveria constituir tema para reflexão séria no seio da arbitragem portuguesa, substituindo as espalhafatosas reações da entidade que a regula, e que pareceram, mais uma vez, completamente desajustada.