02 nov, 2021
No Sporting, de novo e sempre, e incensado Coates voltou a estar no momento certo e no local certo quando a equipa dele mais necessitava, no Estoril foi Rosier, nos instantes finais do jogo da Amoreira, a lembrar aos “ausentes” jogadores do Benfica que ainda não tinha chegado a hora de regressarem incólumes aos balneários.
Em ambos os casos a cabeça sobrepôs-se aos pés, e foi assim, de forma espectacular, que os dois jogadores em foco escreveram uma boa parte da história dos jogos dos estádios António Coimbra da Mota e Visconde José Alvalade.
No Porto, estádio do Dragão, rezam as crónicas que os jogadores da casa optaram por processos mais correntes para construir uma vitória gorda sobre o seu vizinho Boavista.
E. não fora o árbitro Tiago Martins, os portistas poderiam muito bem ter festejado mais dois ou três golos, sempre com o pé, se o juiz e o var tivessem estado atentos a lances capitais que julgaram sempre à revelia do que dizem as regras.
Olhando em retrospectiva para o que foram os jogos dos grandes é agora fácil chegar a uma conclusão: com excepção do derby da Invicta, onde desta vez não houve surpresa, águias e leões suaram as estopinhas frente a adversários que sempre revelaram capacidade para lhes estragarem a noite.
No entanto, enquanto o Sporting conseguiu sair incólume e tranquilo da refrega de Alvalade, vencendo pela tradicional “goleada” de um-a-zero, que começa a tornar-se num hábito, o Benfica voltou a jogar mal e, pior, sem desta vez ser capaz de garantir os três pontos.
Recuperando palavras de Rui Costa, o novo timoneiro da Luz, nem todas as mentes perceberão como é que a sua equipa esbanja cinco pontos em três desafios em curto espaço de tempo.
É certamente caso para que o líder directivo faça essa pergunta ao seu treinador, e assim talvez fique a saber da razão de várias opções por este adoptadas, e que contrastam com muitas outras vindas de uma boa franja da família benfiquista.
Agora, segue-se mais uma prova de fogo para os três maiores da nossa praça: na Liga dos Campeões só o Sporting, se a lógica funcionar, parece poder estar mais sossegado jogando em casa com aquela que parece ser a equipa mais fraca do seu grupo.
Por sua vez, Porto e Benfica têm testes decisivos e alguma turbulência à sua espera.