05 mar, 2020
Não foi com muito espanto que o país recebeu ontem, logo pela manhã, a notícia segundo a qual autoridades fiscais e judiciais tinham iniciado buscas em diversos clubes, dos quais os mais importantes se destacam, Benfica, Porto e Sporting, com o intuito de investigar eventuais fraudes de âmbito fiscal.
Para além de clubes, oito ao todo, também diversos dirigentes desportivos foram incluídos nesta ação, sendo de destacar os presidentes dos clubes e ainda o ex-presidente Bruno de Carvalho, cujas residências foram igualmente visitadas durante largas horas do dia.
Ao cair da noite soube-se que, em consequências desta megaoperação, foram constituídos 47 arguidos, dos quais 24 empresas e 23 pessoas singulares no âmbito da operação “Fora de Jogo”. Entre os arguidos, segundo a nota divulgada pela Procuradoria Geral da República, estão jogadores de futebol, agentes ou intermediários, advogados e dirigentes desportivos.
No comunicado a que fazemos referência, a PGR revela que “em causa estão suspeitas da prática de factos suscetíveis de integrarem crimes de fraude fiscal qualificada, e branqueamento de capitais”.
“No inquérito investigam-se negócios do futebol profissional efetuados a partir do ano de 2015, que terão envolvido atuações destinadas a evitar o pagamento das prestações tributárias devidas ao Estado português, através da ocultação ou alteração de valores e outros atos inerentes a esses negócios com reflexo na determinação das mesmas prestações.”
O hacker Rui Pinto tem grande responsabilidade no desencadear destas operações fiscais e judiciárias devido à enorme soma de informações transmitidas pelo Football Leaks, as quais, na altura, espantaram todo o mundo, sobretudo o desportivo.
Fica agora a expectativa sobre o tempo e o modo como as fases seguintes se vão processar.
Simplesmente, acrescentamos que para produzirem o desejo efeito terão que se desenvolve tão rápido quanto possível.