18 nov, 2016
O “Público” escreve “Obama passa a Merkel a liderança do mundo livre”. O ainda Presidente dos Estados Unidos fecha a última viagem à Europa com uma discussão sobre a Rússia e Síria, com a Chanceler alemã e os líderes da França, Reino Unido, Itália e Espanha a dizer que esperam “que Trump faça frente a Moscovo”. Em causa, a preocupação com a possível estratégia da Casa Branca em relação ao líder russo e outros temas como o comércio e o clima. Vários líderes europeus vão reunir-se hoje com Barack Obama em Berlim, no dia em que encerra a sua última viagem (enquanto Presidente) à Europa.
No “Diário de Notícias” Nigel Farage nega ter usado fundos europeus para tentar ser deputado. A verba utilizada de forma indevida pelo UKIP nas eleições gerais de Maio de 2015 e no referendo do Brexit ronda os 500 mil euros, segundo uma auditoria do Parlamento Europeu. Este britânico diz ter sido “o deputado mais investigado da história”. Segundo a Sky News o UKIP terá gasto esse dinheiro em sondagens em locais-chave que o partido de Farage queria conquistar.
No “Negócios”, Wolfgang Schauble fala sobre Donald Trump e avisa que “é um sinal de alerta”. O ministro alemão das Finanças, diz que a vitória de Trump nas Presidenciais norte-americanas deve ser entendida pela Europa como um sinal de alerta da necessidade do Velho Continente fazer mais pela sua defesa e segurança no mundo. Já sobre o Brexit, Schauble adverte que “Berlim não vai facilitar nas negociações, ao contrário do que em Londres se possa supor”. A Europa não é “à la carte”, avisando quer se o Reino Unido quer impor entraves aos trabalhadores de demais países da Europa, não pode esperar a manutenção da via verde no sector financeiro.
No “Económico”, Draghi fala da retirada de estímulos que depende de uma inflação auto-sustentada. O presidente do BCE afirma que “o foco do BCE passa por garantir um aumento da inflação, mesmo que sejam retirados os estímulos”.
Lá fora, ainda a entrevista do ministro das Finanças alemão ao “The Guardian” e os mesmos avisos ao Reino Unido sobre o Brexit, de que os ingleses vão ter de enfrentar a oposição germânica em áreas sobretudo financeiras e económicas.
No “El Pais”, um artigo de opinião intitulado “o chamamento à reacção dos Europeus”. O Movimento 9 de Maio pede uma nova rota ambiciosa e concreta para reinventar a Europa. Neste editorial escreve-se que “para nós, os Europeus, é o momento de começar a pensar, para que nem o Brexit, nem a vitória de Donald Trump nos voltem a surpreender. Todos nós estávamos convencidos de que o enfoque no discurso racional do debate político iria prevalecer sobre o discurso populista”. E agora, escreve o Movimento 9 de Maio, “serão maiores as desigualdades, o medo e a perda de identidade”.