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Jacinto Lucas Pires-Henrique Raposo
Um escritor, dramaturgo e cineasta e um “proletário do teclado” e cronista. Discordam profundamente na maior parte dos temas.
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O que se passou na Azambuja “não é caça. É um ato contra a caça”

H. Raposo/J. Lucas Pires

O que se passou na Azambuja “não é caça. É um ato contra a caça”

23 dez, 2020 • (moderação do debate)


Henrique Raposo e Jacinto Lucas Pires comentam a matança que aconteceu na Azambuja e as refeições de Natal de Marcelo Rebelo de Sousa.

“É preciso fazer uma revisão da lei da caça, porque isto é um ato contra a caça”, diz Jacinto Lucas Pires a propósito do que aconteceu numa herdade da Azambuja.

Henrique Raposo concorda: “isto não é caça” e “é importante que não se use isto para desrespeitar a caça”.

“Há um ato de nobreza na caça”, que “é uma prática ancestral importante para a proteção do campo. Se isto é permitido, a lei tem de ser mudada”, reforça.

Jacinto Lucas Pires defende ainda que “é preciso um inquérito sobre o que aconteceu ao certo”.

Os dois comentadores do programa As Três da Manhã reagiram também aos planos de Natal do Presidente da República, que Marcelo revelou numa entrevista à TVI e que incluía quatro refeições.

“É Marcelo a ser Marcelo”, diz Henrique Raposo, insistindo na importância de visitar os familiares, sobretudo os mais idosos, porque “a solidão mata e acelera outras doenças”. Mas “com cuidado, claro que sim!”

Na opinião de Jacinto Lucas Pires, neste “momento difícil para todos, o exemplo é importante, mas cada família deve fazer as escolhas de acordo com a suas circunstâncias”.

“Temos de tratar os portugueses como adultos”, afirma Henrique Raposo, ao que Jacinto Lucas Pires acrescenta que não se pode “impor um guião de Natal igual para todos”.

“A mensagem [do Governo] pede uma margem de liberdade com bom senso”, conclui.

Entrentanto, nesta quarta-feira, o Presidente da República anunciou que, em vez das quatro refeições previstas, irá ter fazer apenas uma com a família.

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