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Eutanásia. “É impossível fazer da morte um direito”

Henrique Raposo

Eutanásia. “É impossível fazer da morte um direito”

30 nov, 2022 • Olímpia Mairos


Comentador comenta a lei da eutanásia que vai ser votada na Assembleia da República.

Durante o programa d’As Três da Manhã admite que os deputados aprovem, esta quarta-feira, no Parlamento, a lei da chamada morte medicamente assistida, mas adverte que “é impossível fazer da morte um direito”.

“O suicídio não pode ser um direito”, defende Henrique Raposo que não percebe “como é que se faz uma lei, como é que se transforma a morte e o suicídio numa linguagem jurídica”.

“Isto é um tema trágico para a literatura, para o cinema, para a música. E é uma tragédia. É impossível transformar a tragédia num direito e, mais, num dever dos médicos”, argumenta.

O comentador lembra que “vivemos num tempo em que as pessoas acham que há um império do ‘eu’, ‘eu quero isto e tem que acontecer’ e muitas vezes as pessoas dizem ‘a vida é minha, o corpo é meu e eu faço que quiser’”.

Refere, no entanto, que ninguém tem o direito de pedir a outra pessoa para a matar e que “essa transferência do suicídio, é uma tragédia pessoal para um direito social, é uma tragédia coletiva”.

Mostrando-se também contra a distanásia, adverte que desligar a máquina e deixar a pessoa morrer, é diferente de injetar uma substância letal que mata a pessoa.

“O ato moralmente é completamente diferente. E repito, eu não sei como é que se coloca isto numa lei”, conclui.

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