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Orçamento do Estado. “Política com ‘bolinha vermelha’” e Marcelo “metido num ‘saco de gatos’”

Henrique Raposo

Chumbo do OE 2022. “Há outros recursos antes de largar a bomba atómica"

27 out, 2021 • Olímpia Mairos


Henrique Raposo comenta as movimentações em torno da discussão do Orçamento do Estado.

O comentador d’As Três da Manhã não faz prognósticos em relação ao chumbo ou aprovação do Orçamento do Estado, admitindo que “daqui a umas horas tudo pode acontecer”.

“O que se tem passado nos últimos dias, semanas, é triste porque começa com a cobardia do Bloco de Esquerda e do PCP”, afirma Henrique Raposo lembrando que “há uma regra da política portuguesa” que diz que “quando o tempo aquece a esquerda desaparece e fugiram de novo”.

O comentador critica também as movimentações que terão existido e que envolveram os deputados social-democratas da Madeira com vista à aprovação do documento.

“O PSD Madeira, que é aliás o Rangel, disponível para apoiar o orçamento que é mau para a Madeira porque ia dar tempo a Rangel. Chegarmos a um ponto onde vale tudo e é um pouco triste ver o Presidente da República metido neste saco de gatos”, lamenta Henrique Raposo.

O comentador diz não entender porque é que Marcelo Rebelo de Sousa quer já dissolver o Parlamento e convocar eleições, quando constitucionalmente “há outros recursos e caminho a fazer antes de largar a bomba atómica”.

No entender de Henrique Raposo, o Governo deveria apresentar um outro orçamento e se não conseguisse acordos à esquerda deveria procurá-los à direita.

O que se deve evitar, defende o comentador, é “uma crise política portuguesa” porque “é um mau sinal que damos à Europa e aos mercados”.

“Daqui a um ano vamos estar às portas de 2023 e, nessa altura ,as famosas regras da austeridade vão voltar”, alerta.

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