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Atentado em Moscovo. “O ISIS está igual ao Hamas”

Henrique Raposo

Atentado em Moscovo. “O ISIS está igual ao Hamas”

25 mar, 2024 • Sérgio Costa , Olímpia Mairos


Henrique Raposo comenta o ataque em Moscovo que matou, pelo menos, 182 pessoas.

Na análise ao atentado em Moscovo contra civis, o comentador d’As Três da Manhã diz que “o ISIS está igual ao Hamas”.

Raposo lembra que “a Rússia foi o grande inimigo do ISIS [Estado Islâmico], na Síria”.

“A força aérea russa terraplanou metade da Síria, para permitir a vitória do ditador aliado de Moscovo contra o ISIS. Isso coloca Moscovo como grande inimigo do ISIS, do radicalismo sunita, à frente, provavelmente, dos Estados Unidos, neste momento”, assinala, destacando que “é uma relação muito antiga, vem desde a União Soviética no Afeganistão, passou pela Tchetchénia, antes do 11 de setembro”.

No seu espaço de comentário na Renascença, Raposo lembra ainda que “o ISIS atacou o Irão há dois meses, um atentado terrorista fortíssimo, muito simbólico, foi num funeral da segunda figura do regime”.

“Não teve o destaque que merecia no Ocidente, porque o atacante não foi Israel. Mas o ISIS já atacou no centro do regime de Teerão”, diz Henrique Raposo, considerando que “o ISIS está igual ao Hamas” e que “é impossível não ver o dedo do ISIS no atentado de 7 outubro”.

“Nós, no Ocidente não podemos ficar indignados com o Bataclan ou com este atentado num concerto de música e, depois, ficarmos calados, quando o Hamas destrói um festival de música, quando miúdas estão a dançar”, nota.

Para Raposo, “as duas coisas são equivalentes e não há ‘mas’, por um lado, e ‘sem mas’ por outro”.

Na visão do comentador, “Israel tem todo o direito de se defender e está indignado com muitas coisas, mas não é assim”, apontando que “a estratégia de Netanyahu é destruir o Hamas, tal como os russos, os curdos e os americanos destruíram o ISIS no Norte do Iraque e na Síria”.

“O ponto é de estratégia. Erradicámos o ISIS no norte do Iraque e na Síria, mas ele voltou. Agora, se Israel conseguir erradicar o Hamas na Faixa de Gaza, vamos supor que é possível, daqui a uns anos vai voltar”, adverte.

Por isso, no entender de Henrique Raposo, “a estratégia que deve ser seguida é conseguir um acordo histórico, diplomático e comercial com a Arábia Saudita”.

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